Economia

Brasil tem déficit de US$ 5,162 bi em conta corrente, maior que o esperado

Os investimentos diretos no país alcançaram US$ 7,258 bilhões em julho, acima dos US$ 6 bilhões projetados na pesquisa
Brasil tem déficit de US$ 5,162 bi em conta corrente, maior que o esperado
Crédito: Reuters/Adriano Machado

Brasília – O Brasil teve um déficit em transações correntes de 5,162 bilhões de dólares em julho, com o resultado negativo acumulado em 12 meses totalizando o equivalente a 1,56% do Produto Interno Bruto, informou o Banco Central nesta segunda-feira. O saldo deficitário do mês foi maior que o esperado pelo mercado, com expectativa em pesquisa da Reuters com especialistas apontando para um saldo negativo de US$ 4 bilhões.

Os investimentos diretos no país alcançaram US$ 7,258 bilhões em julho, acima dos US$ 6 bilhões projetados na pesquisa.

No mês, a conta de renda primária apresentou saldo negativo de US$ 7,829 bilhões, ante déficit de US$ 8,224 bilhões no mesmo período do ano anterior.

As despesas líquidas de lucros e dividendos, associadas aos investimentos diretos e em carteira, totalizaram US$ 3,507 bilhões, redução de 21,4% ante julho de 2023. As despesas líquidas com juros somaram US$ 4,374 bilhões, 15,6% a mais do que no mesmo mês do ano passado.

O conteúdo continua após o "Você pode gostar".


Já a balança comercial teve superávit de US$ 7,070 bilhões, contra US$ 7,586 bilhões no mesmo mês de 2023. De acordo com o BC, as exportações de bens somaram US$ 31,161 bilhões, alta de 9,3% na comparação interanual, enquanto as importações de bens aumentaram 15,2%, totalizando US$ 24,092 bilhões.

O rombo na conta de serviços ficou em US$ 4,751 bilhões, contra déficit de US$ 3,160 bilhões em julho do ano anterior.

A partir dos dados de junho o BC passou a não considerar mais as compras de ativos em criptomoedas como uma importação que afeta a balança comercial, reduzindo o déficit em conta corrente, revisão que segue o Fundo Monetário Internacional (FMI).

Desde 2019, ativos em criptomoedas vinham sendo tratados como bens. A vertiginosa importação desses ativos pelos brasileiros vinha resultando num superávit comercial menor pelo critério do BC.

Agora os criptoativos serão acrescentados na linha de conta de capital do balanço de pagamentos, que registra transações envolvendo a compra e venda de ativos não financeiros e não produzidos e transferências de capital.

Reportagem distribuída pela Reuters

Rádio Itatiaia

Ouça a rádio de Minas