Brasil deve fechar 2º trimestre com 500 mil vagas temporárias; veja setores que mais contratam

O segundo trimestre deste ano deve fechar com cerca de 500 mil novas oportunidades temporárias de emprego geradas no Brasil. O setor é impulsionado, principalmente, pelas datas comemorativas de grande relevância para a economia: o Dia das Mães, que foi celebrado em 12 de maio, e o Dia dos Namorados, comemorado em 12 de junho.
Os dados são da Associação Brasileira do Trabalho Temporário (Asserttem) e tratam dos meses de abril, maio e junho.
Segundo a Associação, dentre as vagas sazonais que surgiram neste trimestre, alguns setores se destacaram em número de oportunidades. Os que concentram o maior número de vagas são:
- a indústria (45%),
- o setor de serviços (35%)
- e o comércio (15%).
O presidente da Asserttem, Alexandre Leite Lopes, explica que, historicamente, o trabalho temporário acaba por antecipar o que acontece no mercado de trabalho de forma geral. Ele também cita como áreas produtivas que mais contratam neste período:
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- a indústria têxtil,
- a indústria de linha branca,
- o setor de eletroeletrônicos
- e o setor de logística, puxado, principalmente, pelo comércio on-line para distribuição das compras dessas datas sazonais.
Nos primeiros três meses do ano, foram geradas 780 mil vagas temporárias, um aumento de 6% em relação a 2023. Somadas às 500 mil vagas deste trimestre, há previsão de estabilidade na comparação com o primeiro semestre do ano passado, quando houve 1,2 milhão de contratações temporárias de janeiro a junho.
Trabalhadores temporários também têm direitos garantidos
A tendência é a abertura de mais vagas temporárias no próximo trimestre, puxadas, principalmente, pelas férias de julho, segundo a Consultoria de RH e Gestão de Pessoas Selpe, sediada em Belo Horizonte. Segundo o sócio-diretor da empresa, Glaucus Botinha, o trabalho temporário é vantajoso para os colaboradores e para os empregadores.
“Setores suscetíveis a períodos sazonais ou picos de trabalho, como o varejo e o turismo, podem se beneficiar do trabalho temporário para lidar com o aumento de demandas. Assim, é possível assegurar a produtividade, reduzir os custos associados à contratação e treinamento de novos funcionários efetivos, além de construir um banco de talentos para posições permanentes no futuro”, explica.
Essa também pode ser a solução para profissionais que buscam flexibilidade ao ingressar ou retornar ao mercado. O sócio-diretor reforça que os direitos trabalhistas nos contratos temporários são estabelecidos pela Lei 6.019/74, e incluem remuneração equivalente à categoria, pagamento por horas extras, férias proporcionais ao período trabalhado e recebimento de benefícios da previdência social.
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