Economia

Brasil ocupa 46º lugar em ranking de competitividade

País perdeu seis posições em relação a 2013, quando figurava na 40ª colocação
Brasil ocupa 46º lugar em ranking de competitividade
O índice brasileiro encolheu de 44,4 pontos em 2013 para 39,9 em 2023; baixa foi de 10% colocando o País atrás de latinos como Uruguai e Chile | Crédito: Arquivo / Agência Brasil

Rio de Janeiro – O Brasil ocupou o 46º lugar de um ranking que analisa dados de competitividade em 66 economias em 2023. Isso significa que, além de estar distante do topo, o País perdeu seis posições em relação a dez anos antes, quando figurava na 40ª colocação, em 2013. As conclusões são do Índice Firjan de Competitividade Global (IFCG), elaborado pela Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan).

O indicador é dividido em quatro pilares: ambiente de negócios, capital humano, eficiência do Estado e infraestrutura. A escala do IFCG varia de um a cem e quanto mais próximo de cem, melhor é o resultado de uma nação.

O índice brasileiro, diz a Firjan, encolheu de 44,4 em 2013 para 39,9 em 2023. A baixa foi de cerca de 10%. Singapura (87,7) liderou o ranking do ano passado. Suíça (86) e Dinamarca (84,2) vieram na sequência; já o Paquistão amargou o último lugar (14,5).

O Brasil ficou atrás de latinos como Uruguai (54,9) e Chile (53,5), que ocuparam a 33ª e a 34ª posições, respectivamente, em 2023. Também apareceu depois da China (13ª), da Índia (42ª) e da África do Sul (45ª), outras nações integrantes dos Brics. O País, por outro lado, está à frente da vizinha Argentina (48ª) e da Rússia (60ª).

“O Brasil tem procurado evoluir em diversas questões, mas o indicador deixa claro que ainda falta muito para se aproximar dos países com os maiores níveis de competitividade”, afirma o gerente de estudos econômicos da Firjan, Jonathas Goulart.

Além dos resultados gerais, o IFCG traz rankings específicos para cada um dos quatro pilares que compõem o levantamento. Na passagem de 2013 para 2023, o Brasil só conseguiu aumentar o índice de capital humano de 51 para 52,4. Ainda assim, o País caiu do 28º para o 33º lugar do ranking específico dessa área, já que outras economias avançaram mais no período.

Segundo a Firjan, o desempenho nacional em capital humano está associado a baixos investimentos em educação, pesquisa e desenvolvimento. Enquanto Israel, Coreia do Sul, Suíça, Suécia e Áustria gastam em média US$ 22 mil por aluno ao ano, o Brasil destina US$ 3,7 mil, afirma a entidade.

A variável mede o total do investimento público por estudante na educação. Inclui fatores como pagamento de salários de professores, construção, reforma e manutenção de prédios escolares e compra de livros didáticos.

No ranking de eficiência do Estado, o Brasil ocupa apenas a 52ª colocação. O índice específico dessa área diminuiu de 32,1 em 2013 para 22 em 2023.

O pilar é composto por variáveis de “controle da corrupção”, na qual o Brasil está entre os 17 piores, “eficácia do governo”, na qual está entre os oito piores, e “Estado de Direito”, que aponta que a segurança jurídica e institucional brasileira é 31% menor do que a média de Dinamarca, Singapura, Suíça, Finlândia e Noruega.

No pilar de ambiente de negócios, o Brasil está na 51ª posição. O índice específico dessa área recuou de 51,8 em 2013 para 44,3 em 2023. A Firjan afirma que o País se destaca negativamente pela “baixa estabilidade política e qualidade regulatória”.

Por fim, no ranking do pilar de infraestrutura, o Brasil ficou na 47ª posição. O índice dessa variável recuou de 42,5 em 2013 para 40,8 em 2023.

Reportagem distribuída pela Folhapress

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