Economia

Brasil perde R$ 6,2 bi por mês com burocracia

O Brasil já perdeu R$ 6,2 bilhões em produtividade com atividades burocráticas mensalmente, estima a Sage, multinacional britânica de softwares de gestão. A pesquisa intitulada O impacto da burocracia” foi realizada com mais de 3 mil empresas em 11 países, incluindo Reino Unido, Estados Unidos, África do Sul, França, Irlanda, Austrália, Espanha, Canadá, Cingapura e Alemanha, e revela que o custo atual total entre pequenas e médias empresas no mundo corresponde a mais de R$ 900 bilhões até a primeira quinzena de agosto.

Desde 1º de janeiro de 2018, a Sage calcula o tempo perdido pelas empresas com tarefas administrativas, a fim de determinar os custos que as empresas suportam devido à perda de produtividade. Só no Brasil, o tempo gasto com atividades burocráticas chega a custar mais de R$ 79 bilhões por ano às pequenas empresas.
De acordo com o estudo, as pequenas empresas gastam em torno de 120 dias úteis por ano em atividades administrativas, o que equivale a dez dias úteis de um funcionário por mês.
De acordo com a Sage, as empresas serão mais produtivas se puderem redirecionar algumas daquelas horas gastas em tarefas administrativas básicas, aplicando esse tempo para inovar, atrair clientes e aumentar a receita.

“Relatórios de despesas, faturamento, folha de pagamento e busca constante por pagamentos atrasados não são atividades que devem dominar o tempo de nossos empreendedores em 2018”, afirma o, diretor do segmento PME da Sage Brasil, Alexandre Wyllie.

“As economias futuras dependem do sucesso de nossos negócios hoje. Ao lançar luz sobre esta questão e desnudar os fatos, esperamos que o governo seja encorajado a olhar atentamente para as questões de produtividade que os seus empresários enfrentam e abordar onde as legislações arcaicas podem estar dificultando o progresso”, observa Wyllie.

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Nos 11 países analisados, as pequenas e médias empresas respondem por pelo menos 96% do total do empreendedorismo, portanto, se o tempo perdido for devolvido a elas, o impacto sobre o Produto Interno Bruto (PIB) seria significativo, argumenta o diretor da Sage Brasil.

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