Brasil produz 2,8 milhões de barris de petróleo por dia

Rio de Janeiro – Em maio, a produção de petróleo no País atingiu cerca de 2,879 milhões de barris por dia (MMbbl/d) e 132 milhões de metros cúbicos por dia (MMm3/d) de gás natural, totalizando 3,707 milhões de barris de óleo equivalente por dia (MMboe/d).
As informações constam do Boletim Mensal da Produção de Petróleo e Gás Natural, divulgado ontem, no Rio de Janeiro, pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP),
Na região do pré-sal, o boletim informa que a produção, em maio, registrou volume de 2,835 MMboe/d, sendo 2,239 MMbbl/d de petróleo e 94,7 MMm3/d de gás natural, o que correspondeu a 76,5% da produção nacional. A produção teve origem em 128 poços.
Em maio, o aproveitamento de gás natural atingiu 96,5%. Foram disponibilizados ao mercado 46,3 Mmm³/dia. A queima de gás no mês foi de 4,5 Mmm³/d.
No mês, os campos marítimos produziram 97,4% do petróleo e 86,7% do gás natural, com os campos operados pela Petrobras sendo responsáveis por 94,2% do petróleo e do gás natural produzidos no Brasil.
Números – O campo de Tupi, situado no pré-sal da Bacia de Santos, foi o maior produtor de petróleo e gás natural em maio último, com 776 MMbbl/d de petróleo e 36,6 MMm3/d de gás natural.
Já a instalação com a maior produção de petróleo, somando 165.478 bbl/d, foi a Plataforma FPSO Carioca, nos campos de Sépia e Sépia Leste, por meio de quatro poços a ela interligados. Em termos de gás natural, a instalação que apresentou a maior produção foi a Polo Arara, produzindo nos campos de Arara Azul, Araracanga, Carapanaúba, Cupiúba, Rio Urucu e Leste do Urucu 7,252 Mmm³/d por meio de 33 poços a ela interligados.
O boletim revela, também, que Estreito, na Bacia Potiguar, teve o maior número de poços produtores terrestres (951), enquanto Tupi, na Bacia de Santos, foi o campo marítimo com maior número de poços produtores (59).
Os campos de acumulações marginais, por sua vez, produziram 539,6 boe/d, sendo 187,2 bbl/d de petróleo e 56 Mm³/d de gás natural. O campo de Iraí, operado pela Petroborn, foi o maior produtor, com 212,9 boe/d.
Áreas – Em maio, 272 áreas concedidas, cinco áreas de cessão onerosa e oito de partilha, operadas por 41 empresas, foram responsáveis pela produção nacional. Dessas, 62 são marítimas e 223 terrestres, sendo 12 relativas a contratos de áreas contendo acumulações marginais. A produção ocorreu em 6.095 poços, dos quais 447 são marítimos e 5.648 terrestres.
As bacias maduras terrestres (campos/testes de longa duração das bacias do Espírito Santo, Potiguar, Recôncavo, Sergipe e Alagoas) produziram 84,698 Mboe/d, sendo 61,905 Mbbl/d de petróleo e 3,624 MMm³/d de gás natural. Desse total, 37,3 mil boe/d foram produzidos pela Petrobras e 47,4 mil boe/d por concessões não operadas pela empresa.
Segundo a ANP, o grau API médio do petróleo extraído no Brasil foi de 28,3, sendo 2,2% da produção considerada óleo leve, 93,5% óleo médio e 4,3% óleo pesado. O Grau API mede a densidade dos líquidos derivados do petróleo.
Preço da gasolina deve cair R$ 1,55
Brasília e Rio de Janeiro – O Ministério de Minas e Energia (MME) calcula que os cortes de impostos aprovados pelo Congresso devem reduzir em R$ 1,55 por litro o preço médio da gasolina no País, na comparação com o recorde de R$ 7,390 atingido na semana anterior à vigência das medidas.
Na primeira semana de corte de impostos federais, a queda média foi de R$ 0,26 por litro, segundo a última pesquisa de preços da Agência Nacional do Petróleo, Gás e Biocombustíveis (ANP). O corte do ICMS vem sendo aplicado gradativamente pelos estados.
Em relação ao etanol hidratado, a expectativa do ministério é de corte médio de R$ 0,31 por litro, uma redução de 6,3%. Na semana anterior à aprovação das medidas, o litro do combustível custava, em média, R$ 4,873.
Os dados divulgados ontem pela pasta consideram os valores praticados na semana de 19 a 26 de junho.
As contas do MME consideram a reclassificação dos combustíveis como bens essenciais, que limita a alíquota do ICMS a 17% ou 18%, e a isenção dos impostos federais PIS/Cofins e Cide sobre gasolina e etanol até 31 de dezembro de 2022.
As medidas são parte de esforço do governo federal para frear a inflação às vésperas das eleições e, assim, melhorar a popularidade de Bolsonaro. A carestia de itens diversos, como os combustíveis, é vista como principal obstáculo para a reeleição.
O teto do ICMS, porém, ainda é debatido na Justiça por alguns estados. A lei que fixa um teto para as alíquotas de ICMS sobre combustíveis, energia, transporte e telecomunicações foi sancionada em 23 de junho após intensa disputa entre estados e municípios, que alertaram para a perda de receitas, e o governo federal.
Na última sexta-feira (6), Rio de Janeiro, Minas Gerais, Santa Catarina, Paraná, Rio Grande do Sul e Alagoas anunciaram redução da alíquota. Antes, São Paulo, Goiás, Espírito Santo e Rondônia também já haviam confirmado cortes.
Com as maiores alíquotas sobre a gasolina antes da imposição do teto, Rio de Janeiro e Minas têm os maiores impactos estimados pelo MME: R$ 1,94 e R$ 1,86 por litro, respectivamente.(Nicola Pamplona e Nathalia Garcia/Folhapress)
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