Economia

Pesquisa mostra que 68% dos brasileiros pretendem comprar ou trocar de carro em 2025

A pesquisa também revelou os principais fatores que levam os consumidores a trocar de veículo
Pesquisa mostra que 68% dos brasileiros pretendem comprar ou trocar de carro em 2025
Foto: Reprodução/Adobe Stock

O setor automotivo brasileiro segue aquecido e com boas perspectivas para 2025. Em janeiro deste ano, na comparação com o mesmo período do ano passado, as vendas de veículos subiram 6%, segundo a Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave).

Além disso, a Anfavea, associação das montadoras, prevê crescimento de 6,3% neste ano nas vendas.

Só em Minas, houve um crescimento de 7,17% no emplacamento de veículos também na comparação entre um janeiro e outro. No total, foram comercializados 38.288 veículos no Estado, com destaque para a categoria de automóveis e comerciais leves, que somou 23,6 mil unidades.

A tendência de ainda mais crescimento no setor é reiterada por um levantamento recente da Webmotors, que indica que 68% dos brasileiros pretendem comprar ou trocar de carro neste ano. Deste total, 37% querem um novo veículo ainda no primeiro semestre.

A pesquisa realizada anualmente com usuários da plataforma, ouviu 2.499 pessoas entre 6 e 17 de janeiro de 2025 para entender motivações e preferências dos consumidores.

Financiamento de veículos

Entre os consumidores que desejam adquirir um carro em 2025, o financiamento parcial foi apontado como a principal forma de pagamento, mencionado por 47% dos entrevistados. Já 32% pretendem pagar à vista, enquanto 15% optam pelo financiamento total e 6% consideram leasing ou consórcio.

“Esses dados reforçam a importância de ações de bancos, montadoras e concessionárias que ofereçam vantagens na compra ou troca do automóvel, como bônus na troca pelo usado, pagamento do preço da tabela de mercado ou condições de financiamento favoráveis.

Essas iniciativas podem impulsionar a decisão do consumidor pela compra ou troca e fomentar um ambiente mais favorável para esse negócio no País”, explica o CEO da Webmotors, Eduardo Jurcevic.

O que leva os consumidores a trocarem de carro

A pesquisa também revelou os principais fatores que levam os consumidores a trocar de veículo. Atualizar o modelo foi o motivo mais citado (36%), seguido pelo costume de trocar periodicamente (30%) e pela necessidade de substituir o carro atual (25%). Outros fatores como busca por um modelo mais econômico (14%) e mais potente (13%) também foram mencionados.

“Mais da metade dos motivos da compra ou troca está ligada a um comportamento cíclico do brasileiro, que gosta de ter na garagem um modelo de carro atualizado. Esse padrão reforça que uma estratégia de fidelização bem estruturada é capaz de garantir uma demanda contínua para as montadoras e concessionárias”, diz Jurcevic.

Maioria quer veículo seminovo ou usado

O levantamento da Webmotors também analisou a preferência entre veículos novos e usados. Dos entrevistados que pretendem trocar de carro nos próximos meses, 66% devem optar por um seminovo ou usado, enquanto 17% querem um modelo 0 km, e 17% ainda não decidiram.

Entre os tipos de carroceria, os SUVs continuam na liderança, mencionados por 38% dos consumidores. No entanto, o número caiu 4 pontos percentuais em relação a 2024, quando 42% dos entrevistados demonstraram essa preferência. Por outro lado, a demanda por hatches cresceu de 17% para 20%, enquanto os sedans mantiveram uma participação estável de 26%.

Interesse por elétricos aumenta

O mercado de veículos eletrificados segue em expansão, impulsionado principalmente pelo custo de operação. Entre os entrevistados que desejam adquirir um híbrido ou elétrico, 59% apontam a economia de combustível como principal motivo.

Outras razões citadas incluem custo-benefício (51%), design moderno e tecnologia avançada (27%), gosto por novas tecnologias (27%) e preocupação ambiental (21%).

Apesar do interesse crescente, o preço ainda é um fato decisivo. O levantamento mostrou que 30% dos consumidores estariam dispostos a pagar entre R$ 150 mil e R$ 200 mil por um modelo eletrificado enquanto 29% aceitariam desembolsar entre R$ 100 mil e R$ 150 mil. Apenas 6% considerariam pagar acima de R$ 300 mil.

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