Economia

Busca por crédito para empresas cresce em Minas Gerais, segundo Serasa

Demanda por essas operações financeiras no Estado avançou 9,9% em outurbro
Busca por crédito para empresas cresce em Minas Gerais, segundo Serasa
No Brasil, a busca por crédito em outubro foi impulsionada pelas micro e pequenas empresas | Crédito: Adobe Stock

A demanda por crédito destinado às empresas em Minas Gerais cresceu 9,9% em outubro na comparação com o mesmo período do ano passado. De acordo com dados do Indicador de Demanda das Empresas por Crédito da Serasa Experian, esse resultado está bem próximo da média nacional, que apresentou uma variação positiva de 10,1%, a quarta consecutiva e a terceira nesse patamar.

Todos os estados apresentaram crescimento da busca pelo recurso financeiro pelas empresas. O Distrito Federal fechou o mês com o avanço mais expressivo, com alta de 18,9% frente a outubro do ano anterior, seguido por Rio de Janeiro (17,8%) e São Paulo (12,6%).

O economista da Serasa Experian, Luiz Rabi, explica que há dois fatores que influenciaram esse crescimento em todas as unidades da Federação. Primeiro, a sazonalidade da demanda do comércio, geralmente mais aquecida no segundo semestre. Depois, o ciclo de quedas da taxa de juros pelo Banco Central (BC), que possibilita empresas reduzirem seu custo de capital.

“No segundo semestre a atividade econômica é mais forte. As empresas começam a se antecipar, buscando crédito para se prepararem para uma fase de maior demanda na economia, em função das vendas. As empresas têm que produzir mercadorias, comercializar, abastecer estoques. Há um crescimento natural nessa época”, pontua Rabi.

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O economista ressalta que em 2023 as vendas estão um pouco maiores que ano passado, o que leva a uma necessidade maior de caixa e formação de estoques pelas empresas.

Em relação à taxa de juros, Rabi aponta que o ciclo de cortes pelo BC possibilita que o crédito fique mais barato para os negócios. Assim, o setor empresarial aproveita para trocar dívidas antigas, mais caras, por dívidas novas, mais baratas.

“Quando você tem uma redução na taxa de juros, tem esse fenômeno. As empresas estão tentando reduzir seu custo de capital, renegociar dívidas antigas, trocando por dívidas mais novas, porém com custo mais baixo, aproveitando esse momento. Isso gera um aquecimento também na busca por crédito, mas é um crédito que visa trocar dívidas antigas e caras por dívidas novas mais baratas”, disse o economista.

MPEs impulsionam a busca por crédito

O levantamento também revelou que a procura por crédito em outubro deste ano foi maior entre as micro e pequenas empresas (MPEs), com crescimento de 10,5%. Logo em seguida aparecem as grandes empresas, com alta de 8,4% na demanda. Já a busca pelo recurso entre as companhias de médio porte registrou queda 4% no mês.

Na análise por setores, a categoria “Serviços” teve crescimento de 15,1% na demanda por crédito. Em segundo lugar ficou “Demais”, categoria que contempla empresas do segmento “Primário”, “Financeiro” e do “Terceiro Setor”, com 5,8%, seguido pelo “Comércio” (5,8%) e “Indústria” (5,1%).

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