Caixa libera R$ 159 milhões para obras contra enchentes da Prefeitura de Belo Horizonte

A Prefeitura de Belo Horizonte (PBH) assinou, nesta quinta-feira (17), um contrato de empréstimo de R$ 159 milhões para realizar obras de macrodrenagem nos córregos Vilarinho, Nado e Ribeirão Isidoro, localizados em Venda Nova e na região Norte da capital mineira, com o objetivo de diminuir alagamentos e inundações em áreas historicamente afetadas por enchentes. Os recursos são da Caixa Econômica Federal (CEF), disponibilizados pelo Programa de Financiamento à Infraestrutura e ao Saneamento (Finisa).
As obras são destinadas à reconstrução da barragem no Parque Lagoa do Nado, que colapsou em novembro do ano passado, e a continuação da construção de reservatórios subterrâneos, para conter as águas dos rios, projetados para suportar chuvas severas.
As intervenções na barragem da Lagoa do Nado ainda estão na fase de projetos e a licitação está prevista para acontecer ainda este ano. A previsão do Executivo Municipal é de que as obras comecem no primeiro semestre do próximo ano. Também serão implementadas melhorias socioambientais no parque e medidas pontuais de preservação.
Já as obras no Reservatório Profundo Vilarinho II estão 40% concluídas e a previsão da PBH é de que sejam finalizadas no segundo semestre de 2026. As intervenções no reservatório Nado I devem ser retomadas aproximadamente em 2027, após a conclusão do Vilarinho II e o fim do período chuvoso, o que permitirá a retomada das escavações e demais atividades.
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O prefeito de Álvaro Damião (União Brasil) destacou em coletiva de imprensa na sede do Executivo belo-horizontino, que a PBH trabalhará para que as obras na Lagoa do Nado e no Vilarinho sejam concluídas antes do início das chuvas. Porém, ele ressaltou que intervenções desse tamanho dependem de outros fatores além da prefeitura.
“É por isso que não pode deixar a obra parar. É por isso que a gente tem que fazer um empréstimo para garantir que essa obra vá até o fim. A gente está trabalhando para que ela termine antes das chuvas”, declarou Damião.
Com 30 metros de profundidade, 140 metros de comprimento e 40 metros de largura, o reservatório subterrâneo Vilarinho II tem capacidade para armazenar mais de 100 milhões de litros de água. O projeto e o método de construção foram ajustados por conta de desafios técnicos, especialmente devido à instabilidade do terreno.
O excesso de água da chuva que será absorvido pelo sistema de macrodrenagem, será bombeado gradualmente para os córregos da bacia hidrográfica que deságua no Ribeirão Isidoro e no Rio das Velhas. Com isso, a PBH espera minimizar o impacto das chuvas intensas e evitar enchentes nas proximidades da avenida Vilarinho e da rua Dr. Álvaro Camargos.
PBH planeja mais empréstimos para obras de infraestrutura
O prefeito da Capital destacou também que a Prefeitura de Belo Horizonte planeja captar mais recursos, seja com a própria Caixa Econômica Federal ou com outras instituições, financeiras ou não, para realizar mais obras em outros setores da infraestrutura na cidade.
Como exemplo, Damião apontou o Anel Rodoviário de Belo Horizonte, que receberá aportes de R$ 110 milhões do governo federal para melhorias na pista e para a construção de dois viadutos, antes de ser oficialmente transferido para a gestão municipal. O prefeito lembrou que os planos da PBH consideram a construção de até oito viadutos sobre o Anel Rodoviário.
“Não tem possibilidade nenhuma de fazer tudo o que a gente quer fazer no Anel Rodoviário retirando dinheiro do caixa da prefeitura. Para fazer todas as obras estruturantes que o Anel Rodoviário precisa e merece, a gente vai ter que fazer isso por meio de empréstimos”, explicou.
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