Economia

Capacidade da Tora para estocar vacinas será elevada em Betim

Capacidade da Tora para estocar vacinas será elevada em Betim
A capacidade de armazenamento refrigerado no recinto alfandegado Clia, em Betim, vai ser dobrada nos próximos meses | Crédito: Divulgação

A Tora, empresa de soluções logísticas integradas, sediada em Contagem, na Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH), está investindo R$ 10 milhões na ampliação da capacidade de transporte e estocagem de imunizantes. O início da vacinação contra a Covid-19 mundo afora e as perspectivas para a chegada do antivírus ao Brasil em 2021 mostram a importância da logística para a importação e distribuição das vacinas no País.

Segundo o Ministério da Saúde, 300 milhões de doses de imunizantes já estão sendo negociadas e o processo de vacinação está previsto para ocorrer no primeiro trimestre do ano que vem. Diante do cenário, empresas se movimentam para garantir, inicialmente, a infraestrutura logística necessária para o abastecimento aos postos de saúde do País e, num segundo momento, aos grandes laboratórios e redes de drogarias.

Este é o caso da operadora logística mineira. De acordo com a diretora-presidente da Tora, Janaína Araújo, a empresa já atua no transporte e armazenagem de vacinas e tem o objetivo de dobrar a capacidade de armazenamento refrigerado no recinto alfandegado Centro Logístico Industrial Aduaneiro (Clia), localizado em Betim, na RMBH, nos próximos meses.

Atualmente, o local possui infraestrutura de 75 mil metros quadrados de armazenagem, estrutura para cargas refrigeradas e contêineres, além de ramal ferroviário. Apenas a área refrigerada conta com 15 mil metros quadrados e, com a expansão, chegará a 30 mil metros quadrados, permitindo o armazenamento de cerca de 7 milhões de doses de vacinas.

“Estamos tratando esse investimento como uma primeira fase de expansão, pois acreditamos que a demanda será crescente no decorrer de 2021”, revelou a executiva.

Janaína Araújo lembrou que a empresa já tem experiência na operação logística de vacinas no Brasil, que inclui o recebimento da carga importada em aeroporto, transporte com Declaração de Trânsito Aduaneiro (DTA) para o Clia e armazenamento em câmara fria com acompanhamento de profissionais para a manutenção da qualidade dos produtos. Neste sentido, conforme a executiva, desde 2019, a Tora é responsável pela logística da vacina contra a Meningite C para a Fundação Ezequiel Dias (Funed).

Testes – Além disso, a Tora também foi contratada para a operação logística de cerca de 2 milhões de testes de Covid-19 durante a pandemia e operacionalizou a logística de kits de Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) e outros itens para o combate ao coronavírus.

“Desde que a doença chegou ao Brasil, nos mobilizamos junto às instituições governamentais e empresas, auxiliando no desembaraço e transporte doméstico de diferentes itens relacionados à Covid-19”, completou.

Sobre os impactos nos negócios da operadora logística, Janaína Araújo contou que, no início, principalmente no primeiro mês, as perdas foram grandes, já que as indústrias automobilísticas suspenderam as linhas de produção. Com isso, a Tora também acabou tendo redução importante em suas movimentações.

Porém, a partir de maio, as montadoras retomaram as atividades, consequentemente a demanda da empresa também e “hoje já opera com volumes superiores ao período pré-pandemia”.

“Mesmo diante do cenário adverso, vamos encerrar 2020 com crescimento em relação a 2019. E para 2021, as expectativas também são favoráveis, pois são muitos anos trabalhando com o transporte de antivirais e entendemos que estamos preparados para atender à demanda que virá. Além do próprio aquecimento da economia”, avaliou a diretora-presidente da Tora.

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