Capital lidera criação de vagas no acumulado do ano no Estado

Minas Gerais teve superávit de 187,2 mil empregos gerados entre janeiro e agosto deste ano. No começo, o Estado abriu com um déficit de 1,2 mil postos em janeiro, mas, nos sete meses seguintes, registrou saldos positivos. Neste cenário, cidades de pelo menos sete regiões mineiras se destacaram entre os dez municípios que mais geraram postos de trabalho em Minas no ano até agosto, liderados pela Capital Belo Horizonte.
As informações são do Novo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Novo Caged) do Ministério do Trabalho e Previdência. E, como principal destaque na geração de vagas no Estado, o setor de serviços foi o que obteve o melhor desempenho. A atividade somou 102,4 mil postos de trabalho durante os oito primeiros meses do ano. Na outra ponta, o setor do comércio foi o que menos avançou, totalizando em 6,6 mil empregos disponibilizados no mercado.
Com base nos resultados apresentados pela pesquisa, o DIÁRIO DO COMÉRCIO elencou as principais cidades em ranking que avalia os dados quantitativos de admissões realizadas, assim como as demissões e o saldo acumulado do ano. São elas: Belo Horizonte, Contagem, Nova Serrana, Montes Claros, Uberaba, Betim, Patos de Minas, Juiz de Fora, Uberlândia e Ipatinga.
Em primeira posição, com 356,5 mil admissões, 319,7 mil demissões e um saldo de 36,7 mil empregos gerados, está Belo Horizonte, na região Central do Estado. A capital mineira registrou o melhor desempenho puxada pelo setor de serviços, com saldo de 34,8 mil vagas. O segmento do comércio teve apenas 67 vagas geradas.
Contagem, na região metropolitana da Capital, figura em segundo lugar. O município registrou entre janeiro e agosto deste ano 79,9 mil admissões, 74,4 mil desligamentos e um saldo de 5,4 mil postos criados. O resultado teve como impulso o setor de serviços, com 2,4 mil vagas, seguido de 1,9 mil empregos da indústria. O setor agropecuário registrou somente 3 vagas.
Polo calçadista em Minas, Nova Serrana, na região Centro-Oeste, teve 14,6 mil admissões, 9,6 mil desligamentos e um saldo de 4,9 mil empregos proporcionados. O setor industrial foi o responsável por alavancar a pequena cidade à terceira colocação do ranking com 4,2 mil empregos. O setor de serviços obteve 391 vagas, enquanto o setor agropecuário recuou, com saldo negativo de 3 vagas, demitindo mais do que contratando.
Ocupando o quarto lugar está Montes Claros, no Norte de Minas. O município, segundo o Novo Caged, registrou 30,7 mil admissões, 26,2 mil desligamentos e um saldo de 4,5 mil empregos. Na cidade, o setor de serviços ofertou 3,4 mil postos de trabalho, seguido pelo setor de construção civil, com 703 vagas. Localmente, o setor agropecuário obteve um déficit de 81 vagas.
Na sequência, em quinto lugar, Uberaba, no Triângulo Mineiro, contou com 35,6 mil admissões e 31,3 mil desligamentos nos oito primeiros meses do ano. Já o saldo foi apurado em 4,3 mil, sendo puxado pelo setor de serviços, com 2,3 mil postos de trabalho. O segmento da indústria também obteve um bom desempenho, com 1,2 mil empregos gerados. Contudo, o comércio sofreu com uma baixa de 158 vagas.
Betim, na Grande BH, surge na sexta colocação, com 38,1 mil admissões e 33,9 mil desligamentos. Na cidade, o saldo de empregos foi de 4,2 mil de janeiro a agosto. O setor de serviços foi o que melhor performou, registrando 2,6 mil postos, seguido da construção civil, com 1,1 mil vagas. Enquanto isso, a indústria teve queda de 79 vagas.
Em sétimo, Patos de Minas, no Alto Paranaíba, totalizou saldo de 3,5 mil vagas. No município, leva-se em consideração um bom desempenho da indústria, com 501 vagas, seguida pelo setor de serviços, com 333 vagas. A agropecuária registrou 36 vagas a menos durante o período.
Em oitavo lugar, Juiz de Fora, na Zona da Mata, obteve um saldo de 2,8 mil postos, influenciado pelo setor de serviços, com 2,7 mil vagas, e da construção civil, com 301 vagas. Durante os oito primeiros meses do ano, agropecuária, comércio e a indústria tiveram mais demissões que contratações no período.
Na sequência do ranking, estão as cidades de Uberlândia, no Triângulo Mineiro, e Ipatinga, no Rio Doce. Uberlândia teve 92,7 mil admissões, 89,9 mil demissões e um saldo de 2,8 mil empregos gerados. Já Ipatinga teve 28,4 mil admissões, 25,8 mil demissões e um saldo de 2,5 mil postos de trabalho.
Nas duas cidades, o setor de serviços também teve a melhor performance. Em Uberlândia o saldo foi de 1,8 mil vagas, enquanto em Ipatinga foram 1,6 mil vagas geradas. Também em ambas as cidades, o setor agropecuário foi o único que fechou no vermelho. Em Uberlândia, foi registrada uma baixa de 531 vagas. Já em Ipatinga, apesar de negativo, o saldo foi de menos 15 empregos.
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