Economia

Carnaval de BH deve gerar cerca de R$ 1 bilhão para economia da cidade

Mais de cinco milhões de foliões são esperados na Capital, que se consolidou como uma das maiores festas do País
Carnaval de BH deve gerar cerca de R$ 1 bilhão para economia da cidade
Crédito: Dirceu Aurélio/Imprensa MG

O crescimento do Carnaval de Belo Horizonte reflete a popularidade e notoriedade que a festa ganhou nos últimos anos. Em uma década, o número de foliões saltou de 500 mil para cerca de 5,5 milhões, consolidando a Capital como sede de um dos maiores carnavais do Brasil. Para este ano, a previsão é de geração de R$ 1 bilhão para a economia da cidade, segundo estimativas da Prefeitura de Belo Horizonte.

O aumento do volume de turistas aquece diversos setores, com expansão da taxa de ocupação da rede hoteleira e impacto em gastos com bebidas, alimentação e transporte.

A presidente da Associação Brasileira da Indústria de Hotéis de Minas Gerais (ABIH-MG), Flávia Badaró, comenta que as expectativas são extremamente positivas.

“A procura por hospedagem cresceu 50% em comparação ao ano anterior. Acreditamos que a taxa de ocupação nos hotéis da região Centro-Sul durante a semana do Carnaval deva alcançar 96%, com os principais estabelecimentos atingindo a marca de 100%. No ano passado, a taxa média de ocupação na média geral da cidade foi de 71%, e a previsão para este ano é de 78%”, afirmou.

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A ABIH-MG tem incentivado os hotéis a fidelizarem seus hóspedes, oferecendo serviços especiais como transporte para facilitar o deslocamento dos foliões, parcerias e brindes. 

Foliões “prometeram” voltar em 2025

De acordo com pesquisa de satisfação realizada pela Belotur, por meio do Observatório do Turismo de Belo Horizonte, na edição de 2024, 57% dos foliões observaram melhorias no evento ao longo dos anos, destacando os trabalhos em organização, infraestrutura, limpeza e segurança.

Além disso, 92,5% afirmaram que tinham intenção de participar do Carnaval na edição deste ano. A pesquisa também revelou que 83,3% dos foliões eram moradores de Belo Horizonte, enquanto 16,7% vinham de outras cidades, com destaque para o interior de Minas Gerais, São Paulo e o Distrito Federal. Em 2024, estima-se que 262 mil turistas visitaram a cidade, representando uma parcela considerável do público.

Os visitantes passaram, em média, 3,8 dias na cidade, com um gasto diário de R$ 397,42, resultando em um total médio de R$ 1.474,34 durante o evento. Por outro lado, os moradores da cidade gastaram, em média, R$ 444,18, o que representa um aumento em comparação ao ano anterior.

Em relação à hospedagem, a maioria dos turistas optou por ficar em casas de parentes e amigos (65,1%), seguidos por hotéis e pousadas (23,3%), além de plataformas como Airbnb (5,2%). 

Mais de 170 novos blocos participam da festa

A presidente da Belotur, Bárbara Menucci, também aponta que, neste ano, o setor hoteleiro está com a demanda mais elevada, confirmando Belo Horizonte como um destino atrativo para os turistas.

“Além da relevância cultural e de identidade para o povo belo-horizontino, o Carnaval de Belo Horizonte é uma festa que gera impactos positivos em diversos setores da economia criativa e de serviços do município, promovendo emprego e renda. A prefeitura tem o papel de garantir essa infraestrutura, permitindo que os diferentes setores da cidade se beneficiem economicamente do maior evento de rua do estado”, afirma.

Para o Carnaval de Belo Horizonte deste ano estão previstos 568 blocos, já registrados na Prefeitura e 624 desfiles por toda a cidade, representando um aumento de 7% em relação a 2024. Ao todo, são 176 blocos novos participando da festa. 

A festa em Belo Horizonte conta com Blocos de Rua, desfiles de Escolas de Samba e Blocos Caricatos, além do tradicional Kandandu — a abertura oficial com encontro de blocos afro — e da eleição da Corte Momesca.

(Conteúdo distribuído pela PBH).

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