Carnaval em BH movimentou R$ 1,2 bilhão, segundo PBH

O Carnaval de Belo Horizonte 2025 movimentou R$ 1,2 bilhão durante 23 dias de festa. A informação foi divulgada pela Prefeitura de Belo Horizonte (PBH) em coletiva de imprensa nesta terça-feira (11), na sede da Prefeitura.
De acordo com os organizadores, o evento contou com a participação de aproximadamente 6,05 milhões de foliões, que saíram às ruas entre os dias 15 de fevereiro e 9 de março.
A festa recebeu uma avaliação média de 8,8, e 83,8% dos foliões relataram que suas expectativas foram atendidas plenamente ou superadas, de acordo com pesquisa realizada pelo Observatório do Turismo de Belo Horizonte.
Leia mais: Mesmo com restrições, vendas de bebidas aumentam 12% no Carnaval de Belo Horizonte
O conteúdo continua após o "Você pode gostar".
O Carnaval também gerou mais de 20 mil empregos diretos e indiretos, demonstrando a sua importância para a economia local. A organização do evento destacou ainda a segurança, limpeza, organização e diversidade como pontos positivos da festa.
“A gente fez o Carnaval que imaginávamos fazer. Nós tínhamos um desafio muito grande em manter a qualidade do Carnaval de 2024 ou superar. Superar em qualidade, segurança e em números que foram mais de 6 milhões espalhados pela cidade no Carnaval deste ano e, também em R$ 1,2 bilhão movimentando a cidade. Isso ajuda demais o comércio que teve um aumento de 25% em vendas em relação ao ano passado, além do setor de bares e restaurantes”, elenca o prefeito em exercício de Belo Horizonte, Álvaro Damião (União Brasil).
Maioria dos foliões vieram do interior de Minas Gerais
Ainda durante a coletiva de imprensa foi apresentada uma pesquisa realizada pela Belotur durante o Carnaval de Belo Horizonte 2025 do qual identificou as características dos foliões que participaram da referida edição. Os resultados mostram que 70,4% dos participantes que já haviam comparecido a edições anteriores consideram que:
- 37,9% consideram que o evento melhorou, destacando a organização;
- 26,2% consideram como ponto positivo a segurança do evento e
- 21,6% acham que a infraestrutura geral foi o principal ponto de melhoria.
A pesquisa também revelou que 93% dos participantes recomendam o Carnaval de Belo Horizonte. Além disso, 82% dos foliões são moradores da cidade, enquanto 18% são visitantes, número maior que no ano anterior.
A maioria dos visitantes, ou seja, 58,9% dos foliões vieram do interior de Minas Gerais, seguido por São Paulo (17,8%), Distrito Federal (5,9%) e outros estados. As principais cidades de origem dos visitantes são:
- São Paulo (8,5%),
- Brasília (5,9%),
- Divinópolis (5,9%)
- e Juiz de Fora (3,7%).
A estimativa é que 270,5 mil turistas tenham visitado a cidade durante o Carnaval. De acordo com a pesquisa, 94,4% desses turistas declararam que o Carnaval foi o principal motivo de sua viagem.
“Em 2004, foi mais ou menos, R$ 1.400 a média de gastos dos turistas aqui em BH durante o Carnaval, que foi para R$ 1.800. Já de moradores era de R$ 1.150 para R$ 1.550. Então, os números evidenciam o crescimento muito importante dessa festa, que vem construindo o horizonte em âmbito nacional e internacional”, avalia a presidente da Belotur, Bárbara Menucci.
Os visitantes permaneceram, em média, 3,9 dias no período do Carnaval, com o gasto médio individual diário de R$ 483,69, tendo um aumento em relação a 2024, que registrou gasto médio de R$ 397,42. O total do gasto individual médio foi de R$ 1.856,44, superando os R$ 1.474,34 de 2024.
Quando observado o comportamento dos moradores, o gasto médio total individual (durante todos os dias do evento) foi de R$ 567,47, um acréscimo se comparado ao último ano, que registrou R$ 444,18. Os visitantes se hospedaram em sua maioria em casa de parentes e amigos (53,0%); hotéis e pousadas (25,9%); e Airbnb (10,4%).
Número de foliões gerou dúvida na população
Questionado sobre a veracidade dos cálculos de foliões que compareceram ao evento momesco, o prefeito Álvaro Damião esclarece que quando se fala em 6 milhões de foliões, este número não se refere à quantidade de pessoas únicas, até porque a cidade não pode comportar essa quantidade de pessoas.
“O número de foliões se refere ao total de pessoas que transitaram pelo Carnaval durante os dias do evento. Isso significa que uma pessoa pode ter sido contabilizada mais de uma vez, caso tenha participado de diferentes blocos ou eventos em diferentes horários. Por exemplo, se alguém participou de um bloco em Venda Nova pela manhã e depois foi para um outro bloco na Afonso Pena às 16h, essa pessoa seria contabilizada duas vezes. Será a mesma pessoa, mas o número de foliões vai aumentando”, conclui.
Ouça a rádio de Minas