Com área para expansão, Castelo Alimentos inaugura fábrica em Contagem

Se as perspectivas da Castelo Alimentos se concretizarem, ou seja, se a empresa conseguir conquistar o coração dos mineiros e aumentar a participação do Estado nos negócios, a companhia poderá, já no fim de 2025, solicitar uma expansão da fábrica de Contagem, inaugurada nesta quarta-feira (23). É o que revela o CEO Marcelo Cereser à reportagem do Diário do Comércio.
“Tudo dependerá de como o mineiro vai nos receber. Se for do jeito que esperamos, falei até para o René (Vilela, secretário de Desenvolvimento Econômico de Contagem) que, quando fizermos 120 anos, daqui a um ano, vou propor um projeto de expansão do galpão para que ele possa nos ajudar com a autorização. Essa é a nossa expectativa”, afirma.
A filial da Castelo na Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH) tem área total de cerca de 10 mil metros quadrados, com 4 mil m² de área construída. Cereser diz que é possível construir um galpão espelhado no local, o que dobraria a capacidade predial e abriria oportunidades para ampliar a produção e estocar mais itens para enviar aos clientes.
Conforme o executivo, dentro do único galpão construído até o momento, também há espaço disponível e, inclusive, reservado para receber uma segunda linha de montagem, possibilitando uma duplicação do potencial produtivo inicial – de 10 a 15 milhões de litros de vinagre por ano, capacidade prevista para ser alcançada no próximo exercício.
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Enquanto aguarda os movimentos do mercado e a receptividade dos mineiros, a Castelo Alimentos produzirá apenas vinagres em Contagem, o carro-chefe da companhia, líder do segmento na América Latina. Porém, a fabricante aproveitará a unidade para manter um estoque avançado de produtos, como conservas, molhos para salada, entre outros, a fim de entregá-los com mais agilidade aos consumidores de Minas Gerais e de regiões próximas.

Planta de Contagem tem estrutura para triplicar o faturamento da empresa
A inauguração da planta da Grande Belo Horizonte representou um marco para a Castelo por ser a primeira filial da empresa paulista, cuja matriz fica em Jundiaí. Tradicional em São Paulo e em outros mercados como os das regiões Sul e Centro-Oeste, a indústria alimentícia, uma das maiores do Brasil, está completando em outubro 119 anos de história.
O start da fábrica de Contagem, que recebeu um investimento de R$ 20 milhões e vai criar em torno de 30 empregos a princípio, também é um passo importante no que diz respeito a faturamento. De acordo com o CEO, a unidade já começa representando aproximadamente 10% do valor a ser faturado pela fabricante, número que subirá em caso de expansão.
Cereser destaca que a planta de Contagem tem estrutura para triplicar o faturamento da Castelo Alimentos. A companhia, segundo ele, está crescendo acima de um dígito e a expectativa para este ano é de faturar mais de R$ 400 milhões.
Castelo Alimentos identificou em Minas Gerais um mercado-alvo
Após estudar todas as regiões do Brasil, a fabricante escolheu Minas Gerais para receber a filial após os indicadores de clientela, qualidade de fornecedores, frete, distância, logística e mercado consumidor apontarem o Estado como o alvo a ser priorizado. Posteriormente, Contagem foi escolhida em razão de fatores como a ampla disponibilidade de mão de obra.
O executivo da Castelo realça que, a partir da nova unidade, a empresa espera agilizar o atendimento, ampliar o portfólio de produtos vendidos em Minas, desenvolver uma relação de mais proximidade com os consumidores e se tornar referência de marca para os mineiros.
“Queremos investir, divulgar a marca e fazer um trabalho de branding na região, para que a gente consiga dia a dia conquistar o coração dos mineiros”, reitera.
Município destaca chegada da fabricante
O secretário de Desenvolvimento Econômico de Contagem, que esteve presente na solenidade de inauguração da fábrica da Castelo Alimentos, afirma que a filial na cidade é fruto de iniciativas do município para desburocratizar processos e atrair aportes.
“A chegada da Castelo é resultado de ações assertivas para a atração de investimentos e desburocratização da gestão dos Distritos Industriais que propiciaram um ciclo virtuoso de desenvolvimento econômico em Contagem com recorde de investimentos privados, empregos formais, abertura de novas empresas e da balança comercial”, disse Vilela.
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