Castelo Alimentos recebe alvará para operar fábrica em Contagem

A indústria de vinagres Castelo Alimentos está prestes a inaugurar uma fábrica em Contagem, na Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH). Uma das líderes do segmento na América Latina, a marca recebeu, neste mês, o alvará que libera o início das operações. Em fase final de instalação, a previsão da empresa é começar os trabalhos na nova unidade produtiva em maio.
Com área total de 10 mil m² e 4 mil m² de construção, a planta terá capacidade de produzir de 10 milhões a 15 milhões de litros de vinagre por ano. Também serão fabricados no local derivados do produto. A princípio, a fábrica vai operar em um turno com a contratação de 26 colaboradores, números que poderão ser dobrados ou triplicados a depender da demanda.
Essa será a primeira unidade produtiva da Castelo Alimentos em Minas Gerais. Criada em 1905 em São Paulo, a matriz da companhia está no município paulista de Jundiaí, com capacidade instalada anual de aproximadamente 150 milhões de litros de vinagre. A sede da empresa possui 25 mil m² de instalações e fica em um terreno com 40 mil m² de área total.
A fabricante de vinagres está investindo em torno de R$ 20 milhões no projeto de Contagem. O diretor-superintendente da Castelo Alimentos, Marcelo Cereser, diz que a linha produtiva da fábrica mineira vai abastecer um estoque avançado de produtos da marca. A partir da licença recebida recentemente, ele afirma que, mesmo sem produzir no local, a fabricante já pode começar a fazer uma estocagem de itens para servir com mais agilidade aos clientes do Estado.
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Com a fábrica, Castelo Alimentos espera conquistar ainda mais o mercado de Minas Gerais
A Castelo Alimentos tem fortes expectativas para a nova unidade produtiva. A planta deve atender, quando estiver em pleno funcionamento, regiões vizinhas como Distrito Federal, Goiás, Mato Grosso do Sul, Bahia, Espírito Santo e até mesmo São Paulo. O foco inicial, contudo, será o atendimento aos consumidores mineiros, com objetivo de ocupar ainda mais espaço no mercado.
“Passamos um tempo fazendo um plano estratégico de expansão. Temos uma grande participação em São Paulo, Paraná e Centro-Oeste. E Minas Gerais é um estado que gostaríamos de ter algo semelhante. Mas não temos, apesar de estarmos nos principais clientes”, disse Cereser.
“Olhando logística, parte tributária, infraestrutura e serviços para escolher, Rio de Janeiro e Espírito Santo, por exemplo, eram opções, mas o plano estratégico nos apontou que Minas Gerais era o primeiro lugar onde devíamos ir para buscar o espaço ao Sol um pouco melhor do que temos hoje”, completou o diretor-superintendente, dizendo que a ideia é aumentar não só market share, como também heart share, ou seja, conquistar mais o coração dos consumidores mineiros.
Mudanças no escopo de atuação da unidade e burocracia atrasaram a construção
Quando anunciou a construção da fábrica em Contagem, em abril de 2023, a Castelo Alimentos esperava começar a produzir na planta no segundo semestre do mesmo ano. Entretanto, isso não aconteceu. O atraso, de acordo com Cereser, tem a ver com as mudanças que fizeram no escopo de atuação da unidade produtiva e com a burocracia comumente para receber licenças.
Ele explica que, inicialmente, a fabricante queria se antecipar e solicitar licença para produzir diversos produtos no Estado, embora isso não fosse ocorrer a curto e médio prazo. No entanto, não era necessário, visto que demoraria bastante para receber as permissões, reduzindo, assim, o escopo de atuação da fábrica. Ele também realça que a parte burocrática atrapalhou e que alguns fornecedores demoraram para entregar certos equipamentos.
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