Economia

CBA aponta que mercado da construção dá indícios de estagnação

CBA aponta que mercado da construção dá indícios de estagnação
Crédito: REUTERS/Punit Paranjpe

São Paulo – O mercado de construção civil está dando indícios de estagnação neste ano, após um forte crescimento em 2021 que impulsionou uma série de segmentos fornecedores de insumos como o alumínio, afirmaram ontem executivos da CBA.

A companhia divulgou na noite da véspera lucro líquido recorde de R$ 615 milhões para o quarto trimestre, revertendo resultado negativo de 498 milhões de reais sofrido um ano antes, em meio à forte demanda pelo alumínio e preços impulsionados por um cenário de descompasso entre oferta e demanda no mercado internacional.

“Construção (civil) subiu muito em 2021 e agora em 2022 não percebemos crescimento, apesar de estar em bom patamar”, disse o presidente-executivo da CBA, Ricardo Carvalho, em conferência com jornalistas sobre as perspectivas de demanda por alumínio no Brasil neste ano.

“Vemos algum arrefecimento em alguns segmentos da construção, como autoconstrução”, acrescentou o executivo, referindo-se ao segmento formado pela demanda por reformas e pequenas obras particulares.

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Em 2021, as vendas de alumínio da CBA somaram 485 mil toneladas, uma evolução de 10% sobre o desempenho de 2020. A receita líquida, porém, disparou 56%, para R$ 8,4 bilhões.

O outro mercado relevante para a companhia, o de embalagens, mostrou-se bastante firme em 2021 e em 2022 a empresa “não tem sentido nenhuma variação em termos de redução”, disse Carvalho.

O vice-presidente financeiro da CBA, Luciano Alves, descreveu um quadro persistente de consumo de estoques de alumínio no mercado global, agravado pela guerra entre Rússia e Ucrânia. Segundo ele, o cenário seguirá sendo favorável aos preços do alumínio.

“O mercado tem consumido estoques e estamos (mercado global) com níveis muito baixos, equivalentes a 50 dias no mundo”, disse Alves.

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