Economia

CBMM conclui aportes de R$ 3 bilhões em expansão

CBMM conclui aportes de R$ 3 bilhões em expansão
Com a nova área industrial em Araxá, a CBMM terá capacidade para fabricar 150 mil toneladas de produtos de nióbio por ano | Crédito: CMBB/Divulgação

Apesar dos impactos da pandemia de Covid-19, a Companhia Brasileira de Metalurgia e Mineração (CBMM), com sede em Araxá, no Alto Paranaíba, mantém seus projetos de expansão, e anunciou esta semana a conclusão do plano de investimentos de R$ 3 bilhões em uma nova área fabril no município mineiro.

O novo espaço será inaugurado até o final de abril. Dessa forma, a companhia terá capacidade para produzir, anualmente, 150 mil toneladas de produtos de nióbio.

A expansão se faz necessária para a concretização do plano de diversificar os negócios e criar novos mercados, segundo informou a CBMM em nota à reportagem. “A CBMM posiciona-se como uma empresa desenvolvedora de novas tecnologias. A expansão da planta de Araxá está em linha com o planejamento estratégico da empresa de dobrar seu volume de vendas até 2030, alcançando 180 mil toneladas/ano”, diz a nota.

O planejamento se mantém, apesar dos impactos da pandemia de Covid-19 nos resultados da CBMM no ano passado. Houve queda de 20% nas vendas de nióbio (incluindo ferronióbio e produtos especiais), totalizando 72 mil toneladas. Os mercados do Japão, Coreia, Índia, Europa, Brasil e Estados Unidos foram os mais afetados.

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A China foi o país que representou o menor impacto (-4%), contribuindo positivamente com o resultado da CBMM em 2020. O país asiático manteve-se como principal mercado da companhia com 44% do volume de vendas de ferronióbio, seguida dos demais países asiáticos (como Japão, Coreia do Sul e Índia), que representaram uma fatia de 19%. A Europa absorveu 17% das vendas da empresa, enquanto as Américas, principalmente EUA e Brasil, somaram 13%.

O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) foi de R$ 5,1 bilhões, uma queda de 3,5% em relação a 2019, quando o resultado foi de R$ 5,4 bilhões. A companhia destacou que uma mudança no mix de produção da empresa e uma maior eficiência da gestão dos custos contribuíram para o resultado de 2020.

Já o lucro líquido da CBMM somou R$ 2,5 bilhões, no ano passado, e a receita líquida foi de R$ 6,98 bilhões, uma queda de 19% com relação ao ano anterior, motivada, principalmente, por uma menor representatividade dos produtos especiais na receita da companhia. Essa queda, conforme a empresa, foi puxada pela brusca redução de consumo pela indústria aeronáutica.

Desafios

O principal desafio da CBMM para este ano é continuar a ampliar o mercado mundial de nióbio e diversificar negócios. Para isso, a companhia informou que segue apostando no Programa de Tecnologia e investirá, em 2021, R$ 60 milhões em seu Programa de Baterias, valor 60% superior ao aportado em 2020.

“Estamos confiantes em uma retomada significativa em mercados importantes para a CBMM, que foram os mais afetados em 2020, como Japão, Coreia, Índia, Brasil e EUA. Para 2021, a companhia espera retomar os patamares de 2019 em volume de vendas. Além disso, a perspectiva da CBMM é dobrar de tamanho até 2030 (em volume de vendas). Há expectativa de que, em 2030, as aplicações do Nióbio fora das aplicações tradicionais da siderurgia respondam por até 35% das vendas da companhia, sendo 25% referentes ao segmento de baterias”, afirmou a companhia.

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