Economia

CBMM prevê elevar em 5% produção de ferronióbio em 2025 e investirá R$ 10 bilhões em 5 anos

Companhia é a principal fornecedora global de produtos de nióbio
CBMM prevê elevar em 5% produção de ferronióbio em 2025 e investirá R$ 10 bilhões em 5 anos
Principal fornecedora global de produtos de nióbio, companhia estima produção de 100 mil toneladas de ferronióbio neste ano, alta de 5% ante 2024 | Foto: Reprodução Adobe Stock

Salvador – Principal fornecedora global de produtos de nióbio, a CBMM prevê produzir neste ano 100 mil toneladas de ferronióbio equivalente, ante cerca de 95 mil toneladas no ano passado, enquanto avança com esforços que visam impulsionar a ampliação desse mercado, disse o head de estratégia da companhia, Eduardo Mencarini, à Reuters.

O fornecimento de produtos de nióbio para a siderurgia permanece ainda como a principal atividade da CBMM, mas os planos de diversificação com ênfase em baterias ganham força ano a ano. A empresa já realizou testes com a Toshiba e Volkswagen Caminhões e Ônibus para veículos movidos à bateria de íons de lítio com nióbio.

Mencarini revelou ainda, em entrevista nos bastidores do congresso de mineração Exposibram, que a CBMM conta com uma previsão de investimentos de R$ 10 bilhões nos próximos cinco anos, sendo que metade desse valor está relacionada com a expansão das atividades industriais, que busca a diversificação do portfólio, e também com manutenção.

A companhia, controlada pela família Moreira Salles, tem atualmente capacidade para produzir 150 mil toneladas de ferronióbio, enquanto a demanda global é de cerca de 125 mil toneladas, disse ele.
“A gente investe em capacidade produtiva de nióbio à frente da demanda de mercado porque a gente acredita que o nióbio ainda tem muitas aplicações inexploradas”, pontuou Mencarini.

Como parte desse trabalho, a empresa tem investimentos em pesquisa, desenvolvimento e inovação que somam cerca de R$ 300 milhões por ano, que buscam novas aplicações para o nióbio.

Ao todo, atualmente, a CBMM tem uma mina, 16 plantas industriais e, nessas plantas, há aproximadamente 160 processos produtivos. Para apoiar o futuro, a empresa conta com vida útil estimada entre 40 e 50 anos em sua mina.

Reportagem distribuída pela Reuters

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