Economia

CBMM prevê US$80 mi para elevar capacidade de produção em 2024

Parte do investimento será destinada à construção de uma nova instalação em Araxá, no Triângulo Mineiro
CBMM prevê US$80 mi para elevar capacidade de produção em 2024
CEO da Echion Technologies, Jean de La Verpilliere, mostra um protótipo de bateria em formato comercial na sede da startup de baterias em Cambridge REUTERS/Nick Carey.

Rio de Janeiro – Principal fornecedora global de produtos de nióbio, a CBMM planeja investir US$ 80 milhões para atingir em 2024 a capacidade de produção de 3 mil toneladas por ano de óxido de nióbio -para aplicações no segmento de baterias de alta potência -, contra 500 toneladas atualmente, informou a companhia à Reuters.

A produção tem como objetivo aplicações no segmento de baterias de íons de lítio em tecnologias de carregamento de alta potência, longa duração, seguras e ultrarrápidas, pontuou a companhia, em meio a esforços globais para o avanço da eletrificação, para a redução de emissões.

Parte do investimento será destinada à construção de uma nova instalação em Araxá, Minas Gerais, com capacidade para produzir 2 mil toneladas por ano de óxido de nióbio a partir de 2024, prevista em parceria entre a CBMM e a Echion Technologies.

A nova unidade, segundo a CBMM, terá capacidade para fornecer material equivalente a 1GWh de produção de células de bateria, posicionando a Echion como a primeira no mercado a garantir o fornecimento comercial de óxidos de anodo de bateria à base de nióbio.

“Em 2021 a CBMM investiu na Echion por meio da nossa área de Novos Negócios, e essa nova parceria está alinhada ao plano estratégico de crescimento da empresa, que tem o Programa Baterias como um dos pilares para a diversificação dos negócios seguindo a megatendência global da eletrificação”, disse em nota o Head de Produtos de Baterias da CBMM, Rogério Ribas.

“Estamos orgulhosos com a validação da tecnologia do Nióbio como solução para os desafios impostos por esta indústria e por estarmos dando mais um passo na cadeia de suprimentos, aproximando-nos do momento em que teremos produtos em larga escala disponíveis no mercado”.

A aprovação do investimento está em linha com o plano estratégico de crescimento da CBMM, que prevê atingir em 2030 capacidade para produzir 40 mil toneladas de óxido de nióbio e 25% de sua receita proveniente de produtos não siderúrgicos.

Em nota, o CEO da Echion afirmou que o acordo representa “o próximo passo em nosso relacionamento de longa data com a CBMM e nos permitirá atender à enorme demanda global por nossos materiais de anodo de bateria de carregamento rápido, econômicos e seguros”.

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