Economia

CDL-BH propõe modelo de PPP para a gestão do Parque Municipal

Proposta foi apresentada à Prefeitura de Belo Horizonte (PBH); entidade quer mais discussão para o programa Centro de Todo Mundo
CDL-BH propõe modelo de PPP para a gestão do Parque Municipal
O horário de funcionamento do Parque Municipal foi ampliado para até às 21h | Crédito: Divulgação

A Câmara de Dirigentes Lojistas de Belo Horizonte (CDL-BH) propôs à Prefeitura de Belo Horizonte (PBH) que reavalie o modelo de gestão do Parque Municipal Américo Renné Giannetti. A ideia é que a administração do local passe a ser feita por meio de uma parceria público-privada (PPP). O intuito é estimular a oferta de serviços à população e criar condições para torná-lo um potencial atrativo para as pessoas irem até o centro da cidade. 

A mudança faz parte de uma série de medidas sugeridas pelo setor produtivo ao município para potencializar o programa Centro de Todo Mundo. O projeto, que pretende requalificar o centro de Belo Horizonte com uma sucessão de ações, inclusive, já ampliou o horário de funcionamento do Parque Municipal, aberto agora das 7h às 21h. O empreendimento é administrado atualmente pela Fundação de Parques Municipais e Zoobotânica (FPMZB).

Todas as sugestões foram apresentadas ontem durante um encontro entre representantes da prefeitura e entidades e empresas dos setores de comércio e serviços. A reunião ainda serviu para que fossem aprofundados e analisados os possíveis impactos do programa à atividade econômica da Capital. Algumas das iniciativas do projeto preocupam os lojistas, que temem afastamento dos consumidores em função de transtornos relativos às obras. 

Conforme o presidente da CDL-BH, Marcelo de Souza e Silva, é importante que as intervenções não atrapalhem os negócios. Por isso, é necessário, por exemplo, que haja uma programação com horários e dias das obras para que os comerciantes ou prestadores de serviços tenham ciência do acontecimento. Ele ressalta que as vendas significam muito, principalmente, para os pequenos comércios.

Ainda de acordo com o dirigente, existe o entendimento de que o Executivo municipal tem que ser o protagonista do projeto, no entanto, é preciso que todos saibam o que será feito e que deem opinião. Segundo ele, todas as movimentações do programa serão acompanhadas de perto. Para isso, a CDL-BH vai montar uma equipe em conjunto com outras entidades e representantes de algumas das principais empresas do hipercentro da Capital. 

“A ideia é que a gente possa estar ajudando nesse sentido positivo. Temos consciência de que a cidade precisa. O hipercentro é uma região que vem perdendo potencial ao longo dos anos, mas ainda tem um potencial enorme para ser um espaço de desenvolvimento econômico, social e de convivência para que todos os cidadãos de Belo Horizonte e região metropolitana sejam beneficiados”, salienta.

Empreendimento é administrado hoje pela Fundação de Parques Municipais e Zoobotânica | Crédito: Alisson J. Silva/Arquivo Diário do Comércio

Obras por etapas

Entre outras sugestões, a CDL/BH também propôs à prefeitura que as intervenções previstas pelo programa para a construção de faixas exclusivas para ônibus e ciclovias sejam realizadas por etapas. O objetivo é evitar a criação de grandes canteiros de obras e isolamento das lojas, o que implicaria na dificuldade de passagem das pessoas e na visibilidade das fachadas. 

A entidade ainda sugeriu que se tenha uma explicação detalhada do projeto no que diz respeito às ações de mobilidade urbana. “Queremos entender se isso não vai tirar vagas de carros que param ou que fazem embarque e desembarque, pois isso facilita ou dificulta a movimentação das pessoas com relação ao acesso às lojas”, ressalta Souza e Silva.

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