Aportes recordes consolidam estratégia de eficiência energética da Cemig

Ciclo 2019-2029 marca o maior investimento da história da companhia, de R$ 59 bilhões, com foco na estabilidade do fornecimento e segurança energética para 9,5 milhões de consumidores em Minas Gerais
Aportes recordes consolidam estratégia de eficiência energética da Cemig
Foto: Reuters Cesar Olmedo

Responsável pelo atendimento de 96% do Estado, com uma abrangência de 774 municípios e mais de 9,5 milhões de consumidores, a Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig) desempenha um papel que transcende a distribuição de energia. Sua atuação contempla a transformação social, a inovação e o desenvolvimento econômico mineiro.

Para isso, a empresa de economia mista, maior distribuidora em extensão de rede no Brasil, nos últimos anos direcionou investimentos e esforços à expansão e modernização de subestações e redes, além de impulsionar a geração distribuída, principalmente a solar. Essas ações abrangem áreas rurais e urbanas para fomentar o desenvolvimento regional e o agronegócio.

Ao todo, R$ 59 bilhões estão sendo investidos no ciclo 2019-2029, o maior da história de mais de sete décadas da companhia. O objetivo principal é modernizar a rede elétrica de Minas Gerais, garantindo fornecimento de energia mais estável, seguro e eficiente.

Desse total, R$ 36,9 bilhões são direcionados à distribuição de energia, com foco na modernização da rede que atende os mais de 9,5 milhões de clientes. Apenas neste exercício, estão previstos R$ 6,3 bilhões, o que representa um aumento superior a 560% em relação a 2018, quando os investimentos somaram R$ 954 milhões.

Essas cifras se traduzem em mais energia para o produtor rural, a indústria e o comércio. Os recursos são destinados a melhorias que atendem a todos os clientes, pois proporcionam aumento da capacidade de geração de energia, expansão e modernização da rede de distribuição, aprimoramento da rede de transmissão e avanços em inovação e tecnologia.

Imagem gerada por inteligência artificial (IA)

Programa Mais Energia zera demanda reprimida e amplia acesso à luz em todas as regiões do Estado

A exemplo disso, em 2021, o governador do Estado, Romeu Zema (Novo), e a Cemig lançaram o Programa Mais Energia. A iniciativa consiste na construção de 200 subestações de distribuição de energia em diversas regiões do Estado até 2027, com aportes de R$ 5 bilhões. As entregas garantem a ampliação do fornecimento de energia para novas cargas e melhoram a confiabilidade do sistema elétrico para a população, possibilitando a geração de emprego e renda em todas as regiões de Minas Gerais.

Os recursos contemplam a construção das novas instalações e linhas de alta tensão para conectá-las à rede de distribuição, além de obras de reforço nas redes de média tensão na área de concessão da empresa.

O Mais Energia aumentará consideravelmente o número de subestações no Estado, passando das atuais 415 para 615 unidades até 2027. A previsão é que até lá nenhuma das subestações da Cemig tenha restrição de cargas, zerando a demanda reprimida por energia em Minas Gerais. Isso se deve à injeção de aproximadamente 5 mil megavolt-ampères (MVA) de potência no sistema elétrico.

Imagem gerada por inteligência artificial (IA)

Cemig lidera ranking global de sustentabilidade e transição energética

No quesito sustentabilidade, a Cemig é referência por ter 100% de sua energia advinda de fontes limpas e renováveis. Além disso, a empresa é reconhecida pelos principais índices globais do tema, como o Dow Jones, no qual a companhia está há 25 anos, sendo a única empresa não europeia do setor de energia listada.

A Cemig é uma das poucas corporações mundiais presentes ininterruptamente no índice desde a sua criação, em 1999.

Em 2024, a nota da estatal evoluiu seis pontos em relação ao ano anterior. A empresa conquistou a liderança nos blocos Transparência e Reporte, geração renovável e Direitos Humanos, consolidando sua posição como referência em sustentabilidade no setor elétrico mundial.

Já em meados deste ano, a Cemig passou a figurar entre as 200 companhias mundiais de capital aberto que mais se destacam na transição energética, liderando a economia de energia limpa sustentável, na 40ª posição.

As duas centenas de empresas que compõem o índice Carbon Clean 200 são as maiores classificadas por receita limpa. A seleção foi calculada pela primeira vez em julho de 2016 e divulgada publicamente em agosto do mesmo ano pela Corporate Knights e As You Sow.

As empresas listadas no Carbon Clean 200 são classificadas por suas receitas limpas em dólares americanos. O conjunto de dados é desenvolvido avaliando a receita de uma empresa que se alinha às definições estabelecidas na Taxonomia de Economia Sustentável da Corporate Knights, originada principalmente da pesquisa da instituição. Para ser elegível, uma empresa deve obter mais de 10% de suas receitas totais de fontes limpas.

“O setor de energia é fundamental para a descarbonização no mundo. A sociedade só conseguirá mitigar as emissões com a liderança do setor elétrico. As grandes tendências do mundo são a geração de energia renovável para enfrentar as mudanças climáticas e a inteligência artificial generativa. Elas estão interconectadas, pois não é possível crescer em inteligência artificial e avançar na descarbonização sem o correspondente aumento de oferta de energia limpa”, afirma o presidente da Cemig, Reynaldo Passanezi Filho, sobre esses reconhecimentos.

A Cemig também é a maior incentivadora da cultura em Minas Gerais e uma das maiores do País. Com investimento anual superior a R$ 30 milhões, por meio de leis de dedução fiscal estadual e federal, a empresa é protagonista no apoio à cultura mineira.

A empresa seleciona projetos por meio de editais ou curadoria, adotando práticas inclusivas no processo de escolha. Dessa forma, a companhia incentiva iniciativas que contribuam para o desenvolvimento econômico, social e cultural das comunidades onde serão implementadas.

Eficiência e venda de ativos levam a lucro recorde de R$ 7,1 bilhões

Por fim, em relação a resultados, é importante destacar que, em 2024, a companhia alcançou o maior lucro líquido da sua história, R$ 7,1 bilhões, além de conquistar pela segunda vez a nota máxima Triple A em avaliações de risco de agências internacionais, consolidando a confiança do mercado.

Na prática, o que tem permitido à companhia fazer investimentos bilionários, ter reconhecimentos internacionais e mudar sua trajetória financeira e organizacional em comparação a anos anteriores é o foco em Minas Gerais, a venda de ativos não estratégicos, que trouxeram R$ 12 bilhões para o caixa, e o aumento da eficiência da operação.

Nesta lista estão, por exemplo, as participações na Light (distribuidora do Rio de Janeiro), na Renova (empresa de energia eólica da Bahia) e na Usina Santo Antônio (hidrelétrica em Rondônia).

Desde dezembro de 2020, a empresa promoveu a redução de um número significativo de sociedades minoritárias, de um total de 180 empresas nas quais tinha participação.

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