Cemig tem o maior número de clientes do mercado varejista de energia no País

A Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig) é a comercializadora que mais cresce no mercado varejista de energia e já detém a maior fatia de consumidores deste mercado em todo o País, mais de 14 mil clientes.
A empresa também é a segunda maior do Brasil em volume de energia contratada: 88,23 MW médios (MWméd) em agosto passado, segundo dados da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE), responsável pela integração entre os clientes e as comercializadoras de todo o Brasil, além de geradoras e distribuidoras.
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De acordo com o vice-presidente de comercialização da Cemig, Dimas Costa, a empresa teve um crescimento vertiginoso ao longo do ano, partindo da sétima posição no ranking. “Em agosto a Cemig alcançou o segundo lugar e nossa expectativa é que agora, com esse relatório de outubro, vamos consolidar a companhia como líder desse mercado com a comercialização de mais de 100 megawatt médio”, projeta.
O mercado livre varejista vem atraindo cada vez mais consumidores de energia, desde a autorização para o ingresso de clientes de média tensão, ocorrida em janeiro deste ano. Apenas nos últimos 12 meses, foram 12.451 novos consumidores com perfil varejista, sendo 2.040 em agosto, alcançando o número de 14.532 consumidores do mercado varejista de energia, e a maior parcela já é de clientes da Cemig.
Segundo Costa, a Cemig hoje detém, aproximadamente, 15% do mercado, isso contando com uma comercialização de 100 megawatt médio de energia. “Essa participação de 15% equivale também à participação que a companhia tem no mercado atacadista. E hoje atendemos no mercado atacadista com 50% da carga em Minas Gerais e 50% fora de Minas”, comenta.
Esse crescimento acentuado pode ser explicado pela movimentação da Cemig, desde 2023, com a expectativa da abertura para todos os clientes de média e alta tensão em janeiro passado. Com a mudança na legislação, o comercializador varejista passou a ter um papel fundamental na prospecção de novos clientes, bem como na gestão dos contratos desses clientes na CCEE.
Entre outras inovações, a Cemig foi a primeira empresa a lançar, em outubro do ano passado, um sistema de e-commerce que oferece aos clientes de média tensão a possibilidade de simular e contratar energia renovável com desconto de até 35% na fatura mensal. A nova plataforma, que revoluciona o setor, foi planejada para tornar a jornada simples e ágil, possibilitando a contratação de energia de forma 100% digital em apenas três etapas: simulação, proposta e contratação.
“O cliente paga pelo que é medido e ele pode obter um desconto de até 35% na sua tarifa de energia. Isso vem trazer competitividade para esse segmento, que ficou à margem da possibilidade de migrar. Para isso a Cemig, criou sua comercializadora varejista que está atuando desde o final do ano passado, de maneira que esse cliente também possa ser atendido pela Cemig”, destaca o vice-presidente de comercialização.
Para se ter uma ideia do crescimento da Cemig, a empresa passou do sétimo lugar em energia contratada no mercado varejista, em maio deste ano, para o quinto lugar, em junho, com 47 MWméd. Em apenas dois meses, esse número praticamente dobrou, chegando a 88,23 MWméd, o segundo maior volume entre as comercializadoras varejistas de todo o País.
Como funciona o mercado de Energia Livre
No formato de contratação no Mercado Livre de Energia, a negociação pode ser feita diretamente entre as comercializadoras e clientes do Grupo Tarifário A (média ou alta tensão), independentemente do volume de energia demandado.
Além de empresas atendidas em alta tensão, todos os clientes do Grupo Tarifário A, incluindo os atendidos em média tensão, também podem migrar para o Mercado Livre de Energia por meio de um comercializador varejista.
A portaria 50/2022 do Ministério de Minas e Energia (MME) definiu que, desde janeiro de 2024, todos os consumidores do Grupo A, ou seja, aqueles ligados em média ou alta tensão, estão aptos à aquisição de energia elétrica no Ambiente de Contratação Livre (ACL), independentemente do volume de energia demandado.
Esse modelo já está consolidado em vários mercados de energia em todo o mundo e, entre eles, destacam-se os Estados Unidos, Japão, Alemanha, Coreia do Sul, Reino Unido e França.
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