Economia

Mercado Central e Cemig assinam acordo de parceria

Mercado Central e Cemig assinam acordo de parceria
Crédito: Alisson J. Silva/Arquivo DC

A Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig) e o Mercado Central de Belo Horizonte assinaram, ontem, um memorando de entendimento com o objetivo de estabelecer cooperação comercial para o desenvolvimento de geração distribuída, buscando redução de custos para os lojistas.

Para atender esse objetivo, a Cemig Geração Distribuída (Cemig GD), subsidiária da Cemig, vai inaugurar em janeiro o primeiro módulo de uma usina fotovoltaica em Janaúba, no Norte de Minas. Essa usina, que terá outros quatro módulos de 1MW cada inaugurados até o fim de fevereiro, poderá atender outros clientes mineiros de baixa tensão, como comércios e pequenas indústrias. O valor investido para a construção foi de R$ 20 milhões, 50% vindos da Cemig.

De acordo com o presidente da Cemig, Bernardo Alvarenga, o Mercado Central é o primeiro cliente de geração distribuída da Cemig desse porte e esse é um marco na comercialização desse tipo de distribuição. “É com muita alegria que fazemos essa parceria com o Mercado Central, um espaço tão emblemático para a cidade de Belo Horizonte. Dentro do modelo do setor elétrico, essa usina abre uma possibilidade imensa de clientes do tipo do Mercado Central, de menor dimensão em termos de consumo, poder negociar a compra de energia de forma livre”, explicou Alvarenga.

A expectativa, segundo o presidente do Mercado Central, Geraldo Campos, é de que as contas tenham uma redução de até 15%. Os lojistas – cerca de 400 – deverão fechar contratos de compra com a Cemig assim como o próprio condomínio – responsável pelas áreas comuns.

“A partir de agora vamos trabalhar para que o comerciante assine o contrato com a Cemig, propiciando que o pequeno consumidor tenha acesso a uma energia limpa. A ideia inicial era instalar placas fotovoltaicas no telhado do mercado, mas por uma questão estrutural não foi possível pelo peso das placas. Já existem algumas soluções, mas pelo preço não eram viáveis. Com a possibilidade da usina em um lugar diferente do próprio Mercado pudemos realizar esse sonho”, afirmou Campos.

Infraestrutura – Até 2020, serão construídas 30 usinas do mesmo porte com a intenção de atender os clientes de baixo consumo, inclusive residências. A Cemig estima um mercado de 8 milhões de consumidores para energia distribuída.

A possibilidade de o cliente poder comprar energia de forma livre já existe desde o início dos anos 2000 e a Cemig saiu na frente. A Cemig é, atualmente, a maior comercializadora de energia do mercado livre. Em números de conexão de mini e microgeração, com 8.527 ligações. A área de concessão da companhia possui 142MW de potência instalada em geração distribuída, 24% do total do Brasil

“Não poderia ter um melhor primeiro cliente do que o Mercado Central. Na terça-feira (18) fechamos um convênio com a Fiemg (Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais) para atender os sindicatos filiados – 17 já aderiram – que vão receber uma energia em condições muito melhores do que acontece hoje. Avaliei bastante, inclusive, o anúncio dessas parcerias porque elas vão chamar a atenção dos cerca de 8 milhões de consumidores em potencial. É claro que não temos como atender todos de uma só vez, mas estamos trabalhando pra isso, com a construção de 30 usinas até 2020”, destaca o presidente da Cemig.

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