Economia

Cemig investe R$ 4,7 bilhões em redes elétricas e ações preventivas para o período chuvoso

Plano prevê obras, manutenção preventiva e automação das redes para garantir segurança e continuidade no fornecimento durante o período chuvoso
Cemig investe R$ 4,7 bilhões em redes elétricas e ações preventivas para o período chuvoso
Crédito: Divulgação Cemig

A Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig) está investindo um total de R$ 4,7 bilhões neste ano na modernização do sistema elétrico e em ações preventivas e corretivas das redes aéreas, visando à continuidade do fornecimento de energia durante o período chuvoso e ao reforço da segurança.

O plano, que inclui a entrega de novas subestações, a conversão de redes, a substituição de estruturas e a instalação de equipamentos de automação nos 774 municípios da área de concessão da companhia, foi apresentado na manhã desta segunda-feira (10) em uma das sedes da empresa, no bairro Camargos, em Belo Horizonte.

Para manutenção, estão previstos R$ 1,37 bilhão em recursos até o fim deste ano. Até setembro, já foram aplicados R$ 993 milhões em ações preventivas e corretivas em redes aéreas, subterrâneas e de alta tensão, com o intuito de reforçar a segurança e a continuidade do fornecimento de energia, sobretudo na época das chuvas.

Do montante, R$ 371 milhões foram aplicados até setembro na manutenção preventiva nas redes aéreas de média tensão. As ações corretivas também foram intensificadas. Até setembro deste ano, R$ 497 milhões foram aplicados para esse fim. A expectativa é a de que 1,96 milhão de atendimentos sejam concluídos em 2025. A regional centro é a que lidera o número de registros, com 330 mil atendimentos.

Ainda neste ano, a companhia já realizou 718 mil podas de árvores, com o objetivo de reduzir os riscos de interrupções provocadas pelo contato da vegetação com os cabos elétricos, totalizando 58 mil quilômetros de redes inspecionadas. Só na Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH), foram destinados R$ 75 milhões para a execução de 261 mil podas e para a limpeza de 6 mil quilômetros de faixas.

Cemig
Créditos: Arquivo/Cemig

Operação Verão

De acordo com o vice-presidente da Cemig Distribuição, Marney Antunes, a Operação Verão, como está sendo chamada, visa preparar o sistema de distribuição para os eventos climáticos típicos do período. “Fizemos uma reestruturação na empresa. Regionalizamos a Cemig para que pudéssemos ter pessoas com poder de decisão em todo o interior do Estado”, informa.

Conforme detalhou o executivo, o que antes era supervisionado por um superintendente regional passou a ser monitorado por seis profissionais, um em cada região do Estado. Além dos investimentos, Antunes ressaltou a importância da capacitação das equipes. “Não é só digitalização e automação; nós também estamos treinando muito nossas equipes para que todos estejamos preparados”.

O superintendente regional da Cemig, Ernando Braga, destaca que as áreas rurais também receberam investimentos. Foram R$ 65 milhões destinados à manutenção de estruturas. “Entre as ações, limpamos 39 mil quilômetros de faixas de servidão, que são as áreas ao longo de linhas de transmissão e distribuição de energia”, explica.

Sobre o Cemig Agro, o vice-presidente afirmou que houve um incremento no programa. “Estamos ampliando nossas bases para atender cada vez mais rapidamente os clientes dessas regiões”.

Demandas emergenciais

Em condições normais, o Centro de Operação da Distribuição (COD) e o Centro de Serviços Integrados (CSI) contam com um efetivo de 133 profissionais. Esse número, segundo Ernando Braga, pode subir para 167 durante o período chuvoso, podendo aumentar ainda em até 83% em cenários extremos, chegando a 244 engenheiros e técnicos mobilizados para a operação do sistema.

Em toda a área de concessão da companhia, há 503 bases operacionais, com 2.850 colaboradores. Conforme detalhou Braga, nos períodos chuvosos esse número pode chegar a 3,3 mil profissionais. Em situações extremas, pode até quase triplicar, alcançando 8,5 mil colaboradores, se necessário.

Para enfrentar situações atípicas, a empresa conta ainda com subestações móveis e geradores de média e baixa tensão. Também dispõe de dois helicópteros e drones para inspecionar circuitos elétricos e agilizar o atendimento em ocorrências em locais de difícil acesso.

O vice-presidente destacou ainda que eventos de chuva intensa e temporais severos estão cada vez mais frequentes, o que torna a integração com os órgãos públicos ainda mais essencial. “Já trabalhávamos juntos, mas estamos nos aproximando cada vez mais para oferecer uma resposta rápida e segura à sociedade”, ressalta.

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