Economia

Cenibra amplia atuação em Minas Gerais com aquisição de áreas de mogno africano

Informação consta em um comunicado divulgado pela holding
Cenibra amplia atuação em Minas Gerais com aquisição de áreas de mogno africano
Foto: Divulgação/Cenibra

A Celulose Nipo-Brasileira (Cenibra) adquiriu, recentemente, por meio da controladora Oji Holdings Corporation, parte das ações em circulação de duas empresas que operam negócios de plantação de mogno africano, localizadas em Natalândia, no Noroeste de Minas Gerais. Com a transação, a companhia passou a deter 80% de participação na Mogno das Alterosas Investimentos Florestais (MDA) e 45% na Mamoneira Agropastoril.

A informação consta em um comunicado divulgado pela holding. De acordo com o documento, as empresas adquiridas possuem uma área plantável de aproximadamente nove mil hectares (ha), dedicada ao cultivo da espécie de árvore exótica. O valor da operação não foi informado, no entanto, o grupo japonês pontuou que o impacto nos resultados financeiros do exercício fiscal atual, a ser encerrado em março de 2026, será mínimo.

Nas terras recém-compradas, a Cenibra vai cultivar o mogno africano em larga escala e estabelecer plantações florestais em pastagens, que devem apresentar alto desempenho de fixação de carbono. O negócio consumado faz parte da estratégia de descarbonização da controladora, que inclui a expansão de suas florestas para aprimorar o sequestro de CO₂.

“O mogno africano é conhecido como uma madeira de alto valor agregado, valorizada por seu cerne marrom-avermelhado profundo, grãos atraentes e durabilidade superior. A demanda em mercados premium – como móveis de luxo, instrumentos musicais e componentes de interiores para iates e automóveis de luxo – está em expansão”, disse a Oji.

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“Aproveitando as condições favoráveis de cultivo do Brasil, buscamos não apenas acelerar a absorção e o sequestro de CO₂, mas também garantir recursos florestais sustentáveis e diversificar nosso portfólio de negócios”, destacou e acrescentou que o grupo continuará colaborando com parceiros locais para contribuir para a concretização de uma sociedade descarbonizada e para o desenvolvimento econômico das comunidades brasileiras.

Fábrica da Cenibra em Belo Oriente | Foto: Divulgação Cenibra

Atuação da empresa no Estado

Fundada em 1973, a Cenibra opera uma indústria em Belo Oriente, no Vale do Rio Doce. A fábrica produz celulose branqueada de fibra curta de eucalipto e tem capacidade instalada de 1,2 milhão de toneladas por ano, conforme detalhado em seu site oficial.

A companhia também possui um escritório corporativo e comercial e três regionais de manejo florestal em Minas Gerais, além de participação em um terminal portuário no Espírito Santo. As áreas de manejo da empresa totalizam mais de 254,1 mil ha, sendo 131,1 mil de plantio comercial (eucalipto), 105,7 mil ha de Área de Preservação Permanente, Reserva Legal e Vegetação Nativa e 17,2 mil ha destinados à infraestrutura e outros.

Dentre as áreas de vegetação nativa, tem a Reserva Particular do Patrimônio Natural (RPPN) Fazenda Macedônia. Localizada à margem direita do Rio Doce, no município de Ipaba, a fazenda é um dos principais remanescentes de Mata Atlântica no Estado e abriga o Projeto de Reintrodução de Aves Silvestres Ameaçadas de Extinção (Mutum).

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