Economia

Cesta básica ficou 1,6% mais cara em setembro em Belo Horizonte

A Capital, no entanto, foi uma das cidades identificadas com os menores custos de aquisição, com o valor de R$ 676,54
Cesta básica ficou 1,6% mais cara em setembro em Belo Horizonte
Foto: Geraldo Bubniak/AEN

O preço médio da cesta de consumo básica de alimentos de setembro deste ano aumentou em relação ao mês anterior em Belo Horizonte, além de mais cinco das oito capitais analisadas mensalmente pela plataforma Cesta de Consumo Horus& FGV Ibre (Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas).

Belo Horizonte foi uma das cidades identificadas com os menores custos de aquisição, com o valor de R$ 676,54. No entanto, ficou 1,6% mais cara na comparação com agosto deste ano, quando a cesta custava R$ 665,66.

Nesse quesito também está Curitiba (R$ 748,99) e Brasília (R$ 772,18). Já Curitiba e Manaus foram as cidades que apresentaram os maiores aumentos nos valores da cesta, sendo de 3,5% e 2,0%, respectivamente. As cidades que registraram as maiores quedas foram Rio de Janeiro (-1,4%) e Fortaleza (-1,3%).

De acordo com a plataforma, mesmo com a redução em setembro, a cesta de consumo básica mais cara continua a ser a do Rio de Janeiro (R$ 1.046,44), seguida por São Paulo (R$ 934,08) e Manaus (R$ 809,60).

Dos 18 gêneros alimentícios da cesta básica, o café em pó e em grãos registrou aumento em todas as oito capitais, enquanto leite UHT, açúcar, massas alimentícias secas e frango registraram aumento nos preços em sete das oito capitais abrangidas pela pesquisa.

Das categorias de produtos que apresentaram queda de preço destaca-se carne bovina, legumes e frutas. A cesta de consumo básica conta com 22 alimentos considerados básicos com maior presença nas compras dos consumidores. 

Em Belo Horizonte, café em pó e em grãos ficou 2,9% mais caro em setembro. A variação do leite UHT foi de 0,7% e do açúcar 0,4%. As massas alimentícias secas computaram elevação de 1%, já o frango teve recuo de 0,3%.

“O preço do café segue em alta e novamente registra elevação em sete das oito capitais, a oferta nacional do produto continua baixa em função das variações climáticas que impactaram o cultivo dos grãos e a valorização no mercado internacional”, explica Head de Costumer Success e Insights da Neogrid, Anna Carolina Veiga Fercher.

Ela observa que o aumento no preço do leite UHT está relacionado a necessidade de suplementação do gado leiteiro já que as pastagens estão sendo diretamente afetadas pelas secas. “A produção de açúcar também está sofrendo as consequências da seca que prejudica o cultivo da cana de açúcar”, diz.

Considerando a análise da variação acumulada dos últimos seis meses do valor da cesta básica caiu em quatro das oito capitais, sendo em Brasília a mais significativa, com recuo de 6,7%.

Em outras quatro capitais foram observados aumentos da variação acumulada no mesmo período, com destaque para Manaus com aumento de 16%. Em Belo Horizonte, a variação nesse período foi de 0,9%.

Cesta básica ampliada também aumentou em Belo Horizonte

Quando se considera a cesta de consumo ampliada, que inclui bebidas e produtos de higiene e limpeza, além dos alimentos, houve aumento no valor médio em seis das oito capitais analisadas, variando entre 1,9% e 3%, em setembro.

Dos 33 produtos da cesta ampliada, creme de leite, detergentes, requeijão, biscoitos, molho de tomate, cerveja e refrigerante registraram elevação no preço em todas as capitais.

Em Belo Horizonte, o valor computado em setembro foi de R$ 1.816,44, alta de 2,3% na comparação com agosto. As cidades que apresentaram valores mais altos da cesta ampliada foram Rio de Janeiro (R$ 2.428,89) e São Paulo (R$ 2.207,17). Salvador e Manaus continuaram com os menores valores da cesta ampliada, com R$ 1.693,51 e R$ 1.763,80, respectivamente.

A plataforma analisa o comportamento dos preços nas oito maiores capitais brasileiras em população­­- Belo Horizonte, Brasília, Curitiba, Fortaleza, Manaus, Rio de Janeiro, Salvador e São Paulo -, e os produtos e quantidades analisados variam conforme os hábitos de consumo locais.

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