Economia

China suspende compra de carne de frango do Brasil por gripe aviária em granja comercial

Detecção da gripe aviária em uma granja, no primeiro caso em um estabelecimento comercial a ter o problema no Brasil, ocorreu no município de Montenegro, no Rio Grande do Sul
China suspende compra de carne de frango do Brasil por gripe aviária em granja comercial
foto: Rodolfo Buhrer / Reuters

Um foco de gripe aviária em granja comercial no Rio Grande do Sul leva automaticamente a uma suspensão de compras de carne de frango brasileira pela China, importante importador, disse nesta sexta-feira (16) o ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, a jornalistas.

Ele observou que o status de emergência pela China dura 60 dias, mas acredita que o Brasil poderá voltar a exportar aos chineses antes desse prazo, caso não seja registrado outro foco e o trabalho de isolamento do problema seja feito adequadamente.

Fávaro acrescentou que o Brasil tem acordos com países como Japão, Emirados Árabes Unidos e Arábia Saudita que permitem uma regionalização do embargo apenas ao Estado atingido, limitando impactos econômicos. Na sequência, a restrição passa a ser apenas para o município atingido.

A detecção da gripe aviária em uma granja, no primeiro caso em um estabelecimento comercial a ter o problema no Brasil, ocorreu no município de Montenegro, no Rio Grande do Sul, informou o ministério mais cedo.

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Brasil ainda aguarda notificações de países

O Brasil ainda não recebeu manifestações de países importadores sobre embargos à carne de frango brasileira após o foco de gripe aviária em granja comercial no Rio Grande do Sul.

O ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, avalia, em entrevista à Reuters, que é “inevitável” que países importadores embarguem carne brasileira, mas diz confiar no trabalho rápido do serviço sanitário nacional para minimizar as suspensões. O ministro também ressaltou que impactos econômicos dependem se as restrições serão totais ou regionais.

O tamanho do Brasil no mercado exportador, com cerca de 35% das exportações globais de carne de frango, pode jogar a favor do Brasil, avaliou.

“Para que haja uma flexibilização (dos embargos), é nosso papel transmitir segurança e credibilidade ao mercado. Por isso, nós vamos fazer ações rápidas, muito efetivas…”, disse o ministro.

Segundo ele, se não houver indício de outra região do País afetada pela gripe aviária, “pode sim gerar uma onda de flexibilização e esses países continuarem comprando o Brasil, exceto da região do Rio Grande do Sul”.

Ele também trabalha com a possibilidade de uma flexibilização da China. “Claro que existe. Depende muito mais de nós do que deles”, pontuou.

Reportagem distribuída pelo Reuters.

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