Economia

Chuvas normalizam os reservatórios da Copasa

Chuvas normalizam os reservatórios da Copasa
Crédito: Divulgação

Com a chegada do período chuvoso no Estado e índice pluviométrico acima da média histórica em outubro, o Instituto Mineiro de Gestão das Águas (Igam) não renovou a portaria que restringia a captação de água no rio das Velhas. A medida foi adotada  no trecho entre Nova Lima, na Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH), e Presidente Juscelino, na região Central do Estado.

O índice pluviométrico atingiu 189 mm em outubro, ultrapassando a média histórica, que é de 104,7 mm, de acordo com dados do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet).  

A validade da portaria era até o dia 1° de novembro. Anunciada no mês passado, a medida restringiu todas as captações na bacia, inclusive para a indústria. Agora, com as chuvas, o diretor-geral do Igam, Marcelo da Fonseca, explica que não houve a necessidade de renovação das medidas da portaria. “Atualmente estamos com a captação do sistema do rio das Velhas em sua normalidade. Assim como o Velhas, todos os reservatórios de abastecimento de água no Estado”, explica.

E os números a respeito dos reservatórios de captação de água da Companhia de Saneamento de Minas Gerais (Copasa) demonstram que a chuva contribuiu para a normalização da distribuição de água.

O conteúdo continua após o "Você pode gostar".


Conforme dados divulgados pela companhia, atualmente o rio das Velhas está com Índice Pluviométrico do Sistema Produtor com 85.6mm. A vazão está 16.0, o que é considerado ótimo pela companhia.

Ainda de acordo com a Copasa, o nível dos reservatórios, principalmente do Sistema Paraopeba, responsável pelo abastecimento de cidades da RMBH e de Belo Horizonte, encontra-se confortável para o período, registrando 71,7% ontem.  

A Copasa também informou que nenhum município de Minas Gerais está com esquema de rodízio ou suspensão de abastecimento.

Apesar dos bons resultados a respeito no abastecimento de água, Marcelo da Fonseca pontua que a questão dos reservatórios para as hidrelétricas ainda está em alerta. “Para as hidrelétricas ainda precisamos de mais chuvas. A expectativa é a de que, se o cenário continuar assim neste mês (novembro), dezembro e janeiro, conseguiremos estar em condições melhores para o fornecimento de energia elétrica”.  

Inovações

Para 2022, o Igam pretende expandir o projeto de reúso da água em empresas. A ideia é que grandes indústrias criem formas de reaproveitar a água de forma respeitável e consciente, de uma maneira mais ampla, não apenas no pátio das fábricas. “Queremos que esses empresários criem mecanismos para utilizar essa água até mesmo na produção ou em melhoria para os funcionários”, esclarece Fonseca. 

Programa do ONS é suspenso

São Paulo – O Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) informou ontem a suspensão do recebimento de ofertas no programa de redução voluntária do consumo de energia elétrica, que envolveu grandes consumidores de energia e outros agentes, como uma das formas de o governo lidar com a crise hídrica.

“A melhora das condições hidroenergéticas, a efetividade dessas ações emergenciais e a garantia de suprimento de energia em 2021 são os principais motivadores da decisão do operador”, disse o órgão, após volumosas chuvas que atingiram os reservatórios em outubro.

A medida, no entanto, não exclui a possibilidade da retomada das ações em 2022, caso seja identificada a necessidade de recursos adicionais para atendimento à demanda por energia elétrica no País, acrescentou.

Os mecanismos de geração adicional e de resposta voluntária da demanda foram instituídos como medidas emergenciais diante da pior crise hídrica dos últimos 91 anos, tendo como objetivo ampliar a oferta de geração no curto prazo para atendimento ao Sistema Interligado Nacional (SIN).

“Porém a chegada do período úmido dentro do prazo esperado, além da participação dos diversos agentes e da sociedade na adoção das medidas propostas foram fatores fundamentais para garantir que, em 2021, a ponta (período de pico de energia) seja atendida sem a necessidade de utilização de reserva operativa”, disse.

Consumo – O consumo de energia elétrica no Brasil teve uma redução de 5,7% em outubro na comparação com o mesmo período do ano passado, em meio a temperaturas mais amenas nas regiões Sudeste e no Sul, segundo dados preliminares da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE) apresentados ontem.

Ao todo, o País utilizou 62.918 MW médios do Sistema Interligado Nacional (SIN) no último mês.

Para a CCEE, as temperaturas mais amenas colaboraram para a queda do consumo de energia, uma vez que houve menos demanda para ar condicionado.

O mercado regulado, que fornece energia para consumidores menores, como pequenos comércios e residências, demandou 40.614 MW médios, volume 10,4% menor em relação ao ano passado.

O mercado livre, que atende empresas ligadas à alta tensão, como indústrias e shoppings, utilizou 22.304 MW médios, alta de 4,2% na comparação anual. (Reuters)

Rádio Itatiaia

Ouça a rádio de Minas