Cidades do interior lideram geração de empregos em Minas Gerais

Diferente do que ocorre normalmente, em janeiro, as cidades do interior lideraram a geração de empregos formais em Minas Gerais. Na lista dos dez municípios que mais criaram postos de trabalho, apenas o segundo lugar, Sabará, com a abertura de 937 vagas, e o sétimo, Matozinhos, com 464, são da Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH).
O maior saldo do período foi de Juiz de Fora, na Zona da Mata. Foram 1.058 empregos gerados, o que representa um recorde para o mês na nova série histórica do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do governo federal, com início em 2020.
“É difícil identificar um único fator preponderante para esse resultado, mas a melhoria do ambiente de negócios na cidade tem criado um clima de otimismo que estimula os empreendedores a ampliar as atividades”, diz o secretário de Desenvolvimento Sustentável e Inclusivo, de Inovação e Competitividade de Juiz de Fora, Ignacio Delgado.
Segundo ele, nos últimos quatro anos, a prefeitura atuou intensamente para estabelecer normas mais ágeis para abertura e regularização de empresas e melhorar a infraestrutura urbana. Nesse intervalo, foram abertas mais de 52 mil CNPJs no município, resultando em investimentos da ordem de R$ 1,5 bilhão, considerando o capital social das empresas.
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O setor de serviços foi o principal responsável pelo desempenho de Juiz de Fora no primeiro mês de 2025, com o maior volume de admissões na área da saúde, o que evidencia a relevância da atividade na cidade. Delgado pontua que a relação entre o número de habitantes e o de profissionais da saúde no município só é menor que a de Belo Horizonte.
A construção civil, que não sofreu com chuvas em janeiro, conforme o secretário, e a indústria, que teve um desempenho habitual, também contribuíram para o saldo da cidade.
As outras sete cidades interioranas que se destacaram na geração de empregos foram:
• Paracatu, na região Noroeste: terceira colocada, com saldo de 802 vagas;
• Capelinha, no Vale do Jequitinhonha: quarta, com 737;
• Nova Serrana, no Centro-Oeste: quinta, com 732;
• Perdizes, no Alto Paranaíba: sexta, com 507;
• Conceição das Alagoas, Triângulo: oitava, com 391;
• Pouso Alegre, no Sul: nona, com 343;
• Formiga, no Centro-Oeste: décima, com 320.
Minas Gerais criou, ao todo, 4.040 postos de trabalho com carteira assinada em janeiro. Dos 853 municípios, 376 apresentaram saldos positivos. Por outro lado, 40 cidades contrataram e demitiram o mesmo número de pessoas, e 437 registraram o fechamento de vagas.
Belo Horizonte, Betim e Contagem fecharam vagas
Geralmente, Belo Horizonte lidera a lista mensal de cidades mineiras que mais criaram empregos. Porém, desta vez, a Capital foi o terceiro município que mais fechou vagas, com saldo negativo de 825, resultado puxado, principalmente, pelo setor de serviços.
Betim e Contagem, ambas da região metropolitana, que costumam figurar entre as principais geradoras de postos de trabalho, também apresentaram números negativos. A primeira encerrou 951 vagas, liderando a parte inferior da tabela, e a segunda, 146.
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