Economia

Ranking do emprego em Minas: veja as 10 cidades que mais geraram postos de trabalho em 2025

Dados do Caged mostram Belo Horizonte, Contagem e Juiz de Fora no topo da geração de empregos; Pouso Alegre se destaca no Sul de Minas
Ranking do emprego em Minas: veja as 10 cidades que mais geraram postos de trabalho em 2025
Foto: Marcelo Camargo / Agência Brasil

O ano de 2025 terminará com saldo positivo de postos de trabalho para dez grandes municípios de Minas Gerais. Eles foram os maiores geradores de emprego no Estado neste ano. O destaque vai para Pouso Alegre, no Sul de Minas, que aparece na sexta posição do ranking, com mais de 3 mil empregos criados. Os dados são do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) até outubro.

A capital Belo Horizonte teve bom desempenho, com mais de 25 mil carteiras assinadas no período. Outras cidades com forte economia, como Contagem, Juiz de Fora, Betim e Uberlândia, também ficaram com saldo positivo de empregos gerados.

Confira o ranking das 10 cidades que mais geraram empregos em Minas em 2025:

  1. Belo Horizonte: 25.436 empregos gerados
  2. Contagem: 6.911 empregos gerados
  3. Juiz de Fora: 5.828 empregos gerados
  4. Uberlândia: 4.985 empregos gerados
  5. Betim: 4.287 empregos gerados
  6. Pouso Alegre: 3.186 empregos gerados
  7. Uberaba: 2.662 empregos gerados
  8. Ipatinga: 2.085 empregos gerados
  9. Montes Claros: 2.057 empregos gerados
  10. Sete Lagoas: 1.455 empregos gerados

Destaque para as maiores é previsto, e surpresa vem do Sul

Para o professor do Departamento de Economia da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), Mario Rodarte, o incremento na geração de empregos nos municípios é reflexo da força dessas localidades. São cidades consideradas polos econômicos em suas regiões.

Rodarte também relaciona a presença de Pouso Alegre no ranking das dez maiores geradoras de trabalho a um movimento da região Sul do Estado como um todo.

“Analisando as cidades, não espanta que os maiores crescimentos estejam acontecendo nas maiores cidades e, em especial, nas regiões mais ao Sul. Sobre Pouso Alegre estar entre as dez maiores geradoras de emprego, isso pode estar relacionado a uma parte mais tecnológica da região ou ao agro. Tendo a acreditar que seja mais pela transformação da região em polo tecnológico”, explicou.

Ele indica que o cenário de 2026 pode seguir com a mesma tendência de alta de empregos: “O impulso de crescimento do transporte, da armazenagem e da indústria dá alento para que essas movimentações positivas sigam acontecendo em 2026”.

Dados gerais do Estado

Simultaneamente ao bom desempenho das cidades que mais geraram trabalho, Minas Gerais “surfou” na onda e terminará o ano de 2025 com saldo positivo. Segundo dados do Caged, as empresas mineiras geraram 159.601 postos de trabalho neste ano.

A performance mineira contribuiu com quase 10% das novas carteiras assinadas no Brasil. O país tem 1.800.650 empregos gerados no ano de 2025.

Maiores empregadores por setor

A força econômica na geração de empregos em Minas Gerais teve como destaque o setor de serviços, com mais de 70 mil postos de trabalho criados.

O comércio gerou mais vagas, mas teve mais demissões, com perdas de trabalhadores formais. Assim, a queda do comércio elevou a indústria ao posto de segundo maior empregador do Estado.

O agro e a construção civil tiveram desempenho positivo, mas ficaram abaixo dos demais segmentos na contagem geral divulgada pelo Caged.

  • Serviços: 73.860 empregos gerados
  • Indústria: 33.431 empregos gerados
  • Comércio: 18.752 empregos gerados
  • Construção: 17.541 empregos gerados
  • Agro: 16.035 empregos gerados

Cenário para 2026

O professor Mario Rodarte não “crava” que o cenário de crescimento do emprego seguirá no mesmo patamar de 2025, mas crê, ao menos, na manutenção de um cenário positivo de criação de postos de trabalho.

“É difícil dizer que as coisas vão seguir essa tendência de melhora no ano que vem, mas o cenário que se desenha será mais ou menos esse mesmo. A gente vê elementos do próprio mercado de trabalho que mostram um certo movimento de retroatividade. Ele vai se retroalimentando em uma espécie de espiral de crescimento. Percebemos isso pelo aumento dos salários, por exemplo. Isso faz com que o mercado de consumo seja maior e cresça mais, o que vai acabar impactando positivamente o mercado de trabalho em 2026 também”, analisou.

Ele também lembra que 2026 será ano eleitoral, o que pode impactar o cenário. “Costuma-se ter um aumento de gastos públicos nas eleições e, embora haja todo um controle para que isso seja feito com rigor, geralmente pode ser um momento de mercado de trabalho aquecido”, concluiu.

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