Economia

Pontos turísticos de Belo Horizonte para visitar nas férias de 2023

Capital mineira ostenta arte, cultura, prédios emblemáticos e 125 anos de história. Confira o roteiro que o DC preparou para explorar e viver a cidade!
Pontos turísticos de Belo Horizonte para visitar nas férias de 2023
Projeto Fachada Frontal, do arquiteto e professor belorizontino José Marcos Filho

Para aproveitar bem as férias escolares, o DIÁRIO DO COMÉRCIO sugere cinco passeios pelos cartões postais da capital mineira que continua jovem, mas esbanja beleza e muita história. São roteiros que vão desde os pontos mais turísticos, como a Igreja da Pampulha, até os mais democráticos, como o Palácio das Artes. E, todo o percurso é ilustrado por obras autorais do projeto Fachada Frontal, do arquiteto e professor belo-horizontino José Marcos Filho.

1) Igrejinha da Pampulha

Projeto Fachada Frontal, do arquiteto e professor belorizontino | José Marcos Filho

Localizada na orla da Lagoa da Pampulha, ela foi projetada por Oscar Niemeyer e teve a sua obra finalizada no ano de 1945. A Capela São Francisco de Assis, popularmente conhecida como a ‘Igrejinha da Pampulha’, ficou por anos sem autorização da Cúria Metropolitana para ser consagrada e poder funcionar como um templo religioso comum. O motivo é porque o templo possui 14 painéis de Cândido Portinari, e um deles possui a retratação de um vira-lata. Para a Igreja, o desenho foi considerado um desrespeito à fé católica. No entanto, após receber o título de Patrimônio Cultural da Humanidade pela Unesco, a igreja foi aberta para missas, casamentos e batizados. Posteriormente, em outubro de 2021, o templo foi elevado ao título de Santuário Arquidiocesano São Francisco de Assis.

No local, são realizadas missas todos os domingos às 7h, 10h30 e 18h com número limitado de participantes.

2) Palácio das Artes

Projeto Fachada Frontal, do arquiteto e professor belorizontino | José Marcos Filho

O prédio de arquitetura contemporânea na avenida Afonso Pena, no Hipercentro da Capital, é um dos mais democráticos espaços de diversidade artística do País. O Palácio das Artes projeta com destaque a singularidade de um complexo cultural que reúne, no mesmo endereço, importantes equipamentos culturais. O público pode conferir exposições gratuitas e pagas, espetáculos e shows no Grande Teatro Cemig Palácio das Artes, Grande Galeria Guignard, Cine Humberto Mauro, Sala Juvenal Dias, além de um tarde no Café do Palácio.

Dentro desse ambiente múltiplo e diverso, convivem no espaço diariamente maestros, diretores artísticos, cineastas, artistas de teatro, dança, música e artes visuais, assim como curadores, produtores e pesquisadores de arte.

As visitas são diárias, e a programação completa pode ser acessada clicando aqui.

3) Museu das Minas e do Metal – Gerdau

Projeto Fachada Frontal, do arquiteto e professor belorizontino | José Marcos Filho

Aberto ao público pela primeira vez em junho de 2010, o Museu das Minas e do Metal é um consolidado espaço cultural em Minas. No local que funcionou por décadas a Secretaria do Interior e da Educação, consta um amplo acervo de minerais que instiga a valorização dos patrimônios geológico e cultural, bem como a produção do conhecimento científico. O espaço conta com exposições temporárias e outras de longa duração, visitas diárias agendadas, assim como visitas on-line pelo site, clicando aqui. O emblemático edifício, que também é conhecido como o “Prédio Rosa”, integra o Circuito da Liberdade, formado pela Praça da Liberdade, e outros edifícios e museus com extensa programação cultural.

4) Edifício Acaiaca, primeiro arranha-céu

Projeto Fachada Frontal, do arquiteto e professor belorizontino | José Marcos Filho

Emblemático por representar a ousadia arquitetônica mineira da década de 1940. O Edifício Acaiaca, projetado em 1943 pelo arquiteto Luiz Pinto Coelho, foi aberto ao público em 1947, teve inspiração art déco com destaque para duas imensas carrancas que, segundo o profissional, foram construídas para homenagear a tribo indígena Acaiaca. As duas carrancas simbolizam força, poder para uma cidade que ainda se despontava no cenário nacional como modelo de capital.  

O Acaiaca foi o primeiro arranha-céu construído em Belo Horizonte e tem 120 metros de altura. A sua construção aconteceu durante a Segunda Guerra Mundial, motivo pelo qual recebeu em sua estrutura uma base antiaérea para que as pessoas pudessem se defender de um possível ataque inimigo. 

No local é possível realizar visitas agendadas para assistir ao pôr-do-sol e observar a Serra do Curral. O atendimento ao público é somente presencial.

5) Igreja da Boa Viagem, antiga Catedral

Projeto Fachada Frontal, do arquiteto e professor belorizontino | José Marcos Filho

Construída dentro de um grande jardim botânico, a Igreja de Nossa Senhora da Boa Viagem é um dos mais importantes patrimônios da história, da cultura e da fé do povo belo-horizontino. Localizada no bairro de Boa Viagem, região Centro Sul, a sua história teve início no século XVIII, quando em 1709, o português Francisco Homem del Rey, um dos fundadores do Arraial Curral del Rey, atravessou o Oceano Atlântico com a imagem da que seria a padroeira da capital mineira. 

Antes do atual templo, existia uma capela construída de pau-a-pique para a recepção de tropeiros, que anos depois foi demolida. Com o aumento da devoção à santa foi erguida a nova igreja, em estilo neoclássico. Por anos, a Igreja da Boa Viagem foi a Catedral de Belo Horizonte, mas ainda abriga a santa padroeira da cidade. O título de catedral foi transferido para a Igreja Cristo Rei, projeto de Oscar Niemeyer que segue em construção no bairro Juliana, região Noroeste.

Saiba como nasceu Belo Horizonte!

Era na Província da Serra do Espinhaço que ficava a Capital das Minas Gerais. Mas, em 1987 um fato mudou esse destino: a Proclamação da República. “A  Proclamação da República permitiu uma brecha para que os parlamentares mineiros iniciassem uma articulação no sentido de construir uma nova Capital, tendo em vista o desgaste na cidade de Ouro Preto. Afinal, ela não tinha mais uma estrutura para poder sediar as instituições republicanas, sobretudo no aspecto estético racionalista, arejado, assim tendo muitas vias, ruas, montanhas, e percursos tortuosos”, explica o historiador da Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais, Marcelo Cedro.

Na época, entraram na disputa para ser a capital de Minas Gerais, as cidades de Barbacena, Juiz de Fora, Paraúna (atual Conceição do Mato Dentro), Várzea do Marçal (atual São João del Rey), e Arraial Curral del Rey (atual Belo Horizonte). Entre as cinco localidades, uma se destacou o Arraial Curral del Rey. “Ela foi escolhida, pois fica na região Central do Estado, aí não favoreceria apenas a região da Zona da Mata, do Sul, ou de outras regiões. E, ela também precisaria ser próxima de Ouro Preto para poder apaziguar os ânimos dos monarquistas, que estavam perdendo os seus privilégios”, relata o historiador. 

O engenheiro Araão Reis foi escolhido com o apoio de uma comissão para pensar a nova Capital. A antiga planta de Belo Horizonte dividia a cidade em três partes:

  • Urbana: mais voltada para a elite e muito bem planejada; 
  • Suburbana: dedicada à classe trabalhadora;
  • Rural: para onde muitos dos moradores do antigo Arraial Curral del Rey mudaram. 

Em 12 de 1897, foi inaugurada a “Cidade de Minas” como era conhecida na época. Em 1901, o município ganhou outro nome: “Belo Horizonte”. Ao longo dos anos, o município foi crescendo e se consolidando como Capital. Em 1940, BH ganhou investimentos importantes. A cidade, na época, teve o “Prefeito Furacão” sendo uma das marcas registradas de Juscelino Kubitschek, que ergueu grandes avenidas, a orla da Lagoa da Pampulha, e fomentou a construção de empreendimentos e prédios icônicos como é o caso da Igrejinha da Pampulha, o Santuário São Francisco de Assis. 

Diferentemente das demais cidades mineiras, Belo Horizonte teve avenidas calçadas, obras de saneamento básico, além de investimentos em arte e cultura. “Nós temos sempre essa narrativa do discurso da modernidade que nasce com a concepção da nova capital. A gestão de juscelinista coloca a cidade num patamar das rotas internacionais de espetáculos, shows e da atividade também de capital financeiro”, destaca o docente da PUC Minas. 


Conheça mais atrações para celebrar os 125 anos de BH:

13 de Dezembro | Terça

14 às 17h – “Conversa ao Pé do Fogão”

Comemoração dos 30 anos do CRCP Lagoa do Nado com os tradicionais bate-papos ao redor do fogão à lenha.

Centro de Referência da Cultura Popular e Tradicional

Onde? Lagoa do Nado – R. Min. Hermenegildo de Barros, 904 – Itapoã.

14 de Dezembro | Quarta

Cerimônia de Entrega da Casa Rosada

Casa Restaurada na Rua da Bahia, com parceria com o Minas Tênis Clube.

Onde? Rua da Bahia, 2425 – Lourdes.

19h – 15ª edição do Projeto Expedições do Patrimônio.

Sessão com exibição de 7 curtas-metragens recém lançados da “Coleção Conhecendo o Patrimônio Cultural de Belo Horizonte”. Faça sua inscrição clicando aqui!.

Onde? Cine Santa Tereza, R. Estrela do Sul, 89 – Bairro Santa Tereza. 

15 de Dezembro | Quinta

9h – Feira especial da Agricultura Urbana – 125 anos de BH

De 9 às 14h.

Onde? Rua Goiás

18h – Formatura de 280 alunos dos cursos de serviços para bares e restaurantes, parceria com a Abrasel, da trilha da agroecologia e da gastronomia.

Onde? Cresan/Mercado da Lagoinha

18h30 – Abertura da exposição “Saberes da Costura: do molde a roupa”

Onde? Salão Nobre do Museu da Moda — Rua da Bahia, 1149 – Centro

Lançamento da Revista Eletrônica do Arquivo Público da Cidade de Belo Horizonte

Você pode conferir, acessando aqui!

16 de Dezembro | Sexta

10h – Revegetação e cercamento de áreas verdes públicas no Izidora, com cercamento de 2 áreas e plantio de 3 x 125 mudas nativas e frutíferas em 3 áreas verdes públicas, em parceria com a SMPU

Onde? Local saída: Av. Afonso Pena, 342 – Centro.

10h – Lançamento do Relatório de Acompanhamento dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável de Belo Horizonte 2022.

Encontro on-line, com transmissão ao vivo pelo canal da Prefeitura no YouTube

10h – Abertura da exposição “Belo Horizonte Fora dos Planos” 

Comemoração dos 80 Anos do MHAB

Onde? Museu Histórico Abílio Barreto — Av. Prudente de Morais, 202 – Cidade Jardim.

19h – Exposição “Saberes da Costura: do molde a roupa”

Abertura da exposição de longa duração no Salão Nobre do Museu.

Onde? Museu da Moda – Rua da Bahia, 1149 – Centro.

17 de Dezembro | Sábado

9h – III CEA PROPAM

Atividade realizada na manhã de sábado com o objetivo de aproximação com a comunidade do bairro Castelo e região para promover sensibilização ambiental. Atividades: Brechó de trocas; oficina de plantio; oficina agente brincante da natureza, exposição sobre o problema do lixo com teatro estrelando o Zeca Pivara.

Onde? R. Rad. Ubaldo Ferreira, 20 – Castelo.

10h – Ação de eliminação de bota fora no Conjunto Felicidade

Plantio de 25 mudas nativas e 25 mudas frutíferas, em parceria com a SLU e a OSC “Associação Coletiva da Juventude”

Onde? Rua Expedicionário Jesus Ramos, 250 – Jardim Felicidade.

11h – Inauguração da Casa da Fazendinha

Um dos primeiros casarões de BH será entregue integralmente restaurado. No local, vai funcionar um novo Centro Cultural.

Onde? Avenida Arthur Bernardes, 3120 – Barragem Santa Lúcia.

18 de Dezembro | Domingo

Das 10h às 16h30 – Comemoração dos 30 anos do Centro de Referência da Cultura Popular e Tradicional Lagoa do Nado

“Roda de capoeira” com o Grupo Esporão (Professor Peninha), das 10h às 12h, e show com a sambista Dóris.

Onde? Centro de Referência da Cultura Popular e Tradicional Lagoa do Nado. Rua Min. Hermenegildo de Barros, 904 – Itapoã.

19 de Dezembro | Segunda

15h – Hackathon – Desenvolvendo uma Economia Descarbonizada da PBH

O Hackathon consistirá em um desafio para o qual as equipes deverão desenvolver soluções inovadoras, de aplicação prática, relativas ao desenvolvimento de uma economia descarbonizada. Durante esses dias, as equipes também assistem a workshops, mentorias e masterclasses que visam aprofundar e guiar os membros nos tópicos do tema central do Hackathon.

Onde? Auditório JK – PBH.

19h – Abertura da exposição “Belo Horizonte Fora dos Planos

Comemoração dos 80 Anos do MHAB

Onde? Museu Histórico Abílio Barreto — Av. Prudente de Morais, 202 – Cidade Jardim.

20 a 22 de Dezembro | Terça a Sexta

Natal do Minascentro

Onde? Av. Augusto de Lima, 785 – Centro.

Rádio Itatiaia

Ouça a rádio de Minas