Economia

CJ Selecta investe mais de R$ 170 milhões e amplia operações em Araguari

Empresa expandirá a produção na unidade com a instalação de um novo esmagador de grãos
Atualizado em 3 de junho de 2025 • 15:37
CJ Selecta investe mais de R$ 170 milhões e amplia operações em Araguari
Foto: Reprodução Site Oficial CJ Selecta

Com sede em Uberlândia, a CJ Selecta vai expandir as operações no Triângulo Mineiro. Para isso, a empresa – uma das maiores exportadoras de Concentrado de Proteico de Soja (SPC, na sigla em inglês Soy Protein Concentrate) – anuncia, ainda esta semana, um novo esmagador de soja para a unidade industrial localizada em Araguari, mediante investimentos de mais de R$ 170 milhões e a ampliação do número de empregos diretos gerados na região.

O anúncio contará com a presença do alto escalão do governo do Estado, que estará na cidade para a abertura da Safra Mineira de Café 2025 e o Fórum Mineiro do Agronegócio Sustentável. Entre eles, o vice-governador Mateus Simões (Novo). As informações foram passadas ao Diário do Comércio em primeira mão por uma fonte próxima às negociações, que pediu para ter sua identidade preservada.

A boa notícia surge poucos dias após o término do negócio firmado em outubro de 2023 pela Bunge e a CJ Selecta. O acordo previa que, por R$ 1,7 bilhão, a Bunge controlaria a mineira processadora de soja. A companhia informou na última semana, por nota, que exerceu um direito contratual e decidiu rescindir o acordo, levando em consideração “o fato de a sua data limite ter expirado sem a obtenção das aprovações regulatórias e as circunstâncias relacionadas à condução dos negócios pela CJ”, disse no documento.

As operações de ambas as empresas no Brasil permaneceram completamente independentes durante o período em que a transação estava sob avaliação regulatória.

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Antes, em 2017, a CJ Selecta já havia passado por uma grande transformação após ter seu controle operacional adquirido pelo grupo sul-coreano CJ CheilJedang por cerca de US$ 450 milhões. Até então conhecida como Sementes Selecta, a companhia passou a se chamar CJ Selecta, tornando-se parte de um dos maiores conglomerados do mundo. Hoje, a companhia faz parte da CJ Bio Division.

Na época, o grupo sul-coreano anunciou o plano de continuar crescendo no Brasil por meio da aquisição de novas plantas e da ampliação da fábrica de Araguari. A estratégia de expansão já falava em ampliação da capacidade de produção industrial, que na época originava em torno de 1 milhão de toneladas de soja e processava 700 mil toneladas do grão ao ano, conforme publicação do Diário do Comércio.

A fábrica de Araguari, conforme a empresa, está localizada em uma área de mais de 50 hectares e se beneficia pela localização estratégica para o escoamento de produtos. Em 2019, no mesmo terreno da planta responsável pelo esmagamento e produção dos derivados da soja, foi construída uma unidade para processamento do melaço de soja e sua transformação em fertilizantes especiais, abrindo um novo mercado de atuação para a companhia no País. Já em 2020, foi inaugurada a nova planta para a produção de álcool também tendo como base o melaço de soja.

CJ Selecta e Unilever vão destinar R$ 32 milhões para agricultura regenerativa

Além disso, há duas semanas, a CJ Selecta anunciou uma parceria com a Unilever Alimentos, unidade de negócio do grupo Unilever, por meio do Renova Terra, programa que vai investir 5,5 milhões de euros (correspondente a aproximadamente R$ 32 milhões) na transição de produtores para introdução de práticas de agricultura regenerativa na produção de soja no cerrado brasileiro. 

A iniciativa tem como meta implementar práticas de agricultura regenerativa em até 45 mil hectares de cultivo de soja até 2030, o equivalente a cerca de 70% a 90% da pegada de soja utilizada pela marca Hellmann’s, da Unilever Alimentos, no Brasil, posicionando o País como sede de um dos projetos de soja regenerativa mais impactantes da companhia no mundo. Isso porque, segundo a Unilever, além de contribuir com a saúde do solo e do meio ambiente, o programa ajuda os produtores a aumentarem a produtividade, a resiliência e a rentabilidade no campo.

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