Economia

Com atuação na RMBH, Maxtrack deve investir R$ 80 milhões até 2026

Com aplicação de R$ 40 milhões por ano, empresa não descarta ampliar valores em caso de crescimento exponencial do empreendimento
Com atuação na RMBH, Maxtrack deve investir R$ 80 milhões até 2026
Crédito: Maxtrack/Divulgação

Referência em gestão de frotas, eficiência logística e tecnologia para rastreamento veicular de alta performance, a Maxtrack, que fabrica softwares e hardwares próprios no Brasil, planeja investir R$ 80 milhões em toda a sua operação entre 2025 e 2026 – serão R$ 40 milhões por ano. Contudo, esse valor pode aumentar em razão do crescimento exponencial da empresa. 

Em Minas Gerais, a empresa atua na Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH), com sede em Nova Lima, onde desenvolve os softwares, e planta fabril em Betim, onde produz computadores de bordo e demais acessórios de monitoramento logístico. 

A companhia também tem, na China, uma unidade design house, dedicada aos projetos, sobretudo, de hardware, e um hub logístico, responsável pelo recebimento, consolidação, inspeção e qualidade de toda matéria comprada de fornecedores e embarcada para o Brasil. 

Fundada há 25 anos, a Maxtrack teve uma “virada de chave” pouco antes da pandemia, quando começou a agregar softwares e serviços de campo aos seus negócios, para atender o consumidor final da tecnologia e não apenas fornecer hardwares para o mercado. A mudança deu certo e, desde 2020, a companhia tem tido alta de mais de 50% ao ano, tanto em receita de serviços quanto em base instalada. Para 2025, já está garantido um aumento de 30% devido a contratos assinados.

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O líder de inovação e fundador da companhia, Gustavo Travassos, afirma que a receita de serviços está ultrapassando os R$ 100 milhões e que a tendência é que os números aumentem mais. Com todo esse avanço, daqui a dois ou três anos, uma classificação similar a de unicórnio, que significa ter um valor de mercado de US$ 1 bilhão, poderá ser alcançada, de acordo com ele. 

Algo que ainda não está dentro das projeções da empresa, mas que pode representar um acréscimo ainda maior no potencial crescimento futuro, são as oportunidades de internacionalização, no sentido de serem “puxados” pelos clientes. Travassos explica que a Maxtrack está ganhando visibilidade internacional com uma espécie de indicação dos consumidores, geralmente líderes de setores e segmentos relevantes, e com operações em mais de um país.

Empresa aposta em tecnologias de visão computacional e conectividade

A partir da mudança de posicionamento, a Maxtrack focou em atender mercados com demandas mais sofisticadas e complexas, principalmente envolvendo tecnologias de visão computacional e conectividade, com soluções não triviais e que permitem, por exemplo, ganhos de produtividade e redução de custos – a companhia enxerga essas duas áreas como bastante promissoras.

Recentemente, a empresa fechou um contrato de dois anos com a maior provedora de serviços do México, que receberá seus equipamentos. Em 2024, também iniciou um processo de certificação para que possa ser fornecedora de montadoras de veículos de renome global – o que pode significar um grande investimento na fábrica de Betim nos próximos anos, embora não tenha nada definido. Esses pontos, na visão do fundador, são sinais de que estão na direção certa. 

“Hoje, não temos nem números, nem expectativas muito fora do chão, mas quando analisamos os dados que envolvem sistemas de imagem para veículos comerciais, estamos falando de cifras realmente inacreditáveis, bilhões de dólares. Queremos acessar uma pequena parte dessa oportunidade, o que já é muito para uma empresa local”, destaca.  

Apostando fortemente nos novos nichos dos negócios, Travassos diz que a Maxtrack está realizando um redesenho completo dos produtos para 2025, com o objetivo de capturar as oportunidades. Cabe dizer, neste caso, que do montante que a companhia pretende investir nos próximos dois anos, R$ 10 milhões serão destinados para a área de Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação (PD&I) e para o lançamento de novas tecnologias.

Líder de inovação e fundador da Maxtrack, Gustavo Travassos | Crédito: Maxtrack/Divulgação

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