Economia

Com Orçamento 2021 na mira, Ibovespa tem tendência de queda nesta 3ª; veja

Com Orçamento 2021 na mira, Ibovespa tem tendência de queda nesta 3ª; veja
Crédito: Amanda Perobelli/Reuters

São Paulo – O Ibovespa recuava, nesta terça-feira, após voltar a orbitar os 119 mil pontos na véspera e em meio a receios sobre o Orçamento de 2021 e números fortes para a inflação norte-americana. GPA, por sua vez, avança mais de 5% diante de potencial operação envolvendo a Cnova.

Às 11h13, o Ibovespa caía 0,34%, a 118.403,64 pontos. Na máxima, até o momento, chegou a 118.813,01 pontos. O volume financeiro somava R$ 4,3 bilhões. Na véspera, o Ibovespa fechou em alta de quase 1%, a 118.811,74 pontos.

No Brasil, de acordo com a economista-chefe da plataforma de investimentos Consulenza, Helena Veronese, o foco segue sobre o Orçamento de 2021, particularmente sobre como será feita a sanção presidencial, que se aproxima de seu prazo limite, no dia 22 de abril.

“Com o prazo para a sanção presidencial do orçamento se aproximando, as preocupações em torno da questão fiscal devem ganhar corpo”, afirmou.

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O Orçamento deste ano foi aprovado pelo Congresso com uma subestimativa de despesas obrigatórias, como previdenciárias e auxílio-doença, e um incremento dos gastos previstos em emendas parlamentares.

Também no radar está a determinação do Supremo Tribunal Federal (STF) para que o Congresso instaure uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid-19.

Exterior

Os preços ao consumidor nos Estados Unidos tiveram a maior alta em mais de oito anos e meio em março, de 0,6%, enquanto o núcleo da inflação acelerou para 0,3%, superando as expectativas em ambos os casos.

O estrategista-chefe do banco digital modalmais, Felipe Sichel, ponderou que o Federal Reserve deixou clara sua posição em relação a desconsiderar o aumento da inflação ao longo deste trimestre na medida em que a economia se recupera.

Wall Street não adotava um sinal único, com o Nasdaq e o S&P 500 em alta, mas o Dow Jones no vermelho.

Confira os destaques:

GPA ON avançava 5,22%, após seu controlador Casino dar início a processo para potencial aumento de capital da Cdiscount, subsidiária direta da Cnova, na qual o GPA detém 34,17% de participação. Analistas veem a operação, se bem-sucedida, destravando valor para o varejista alimentar brasileiro.

ENEVA ON recuava 3,43% após avançar mais de 8% desde o começo do mês, sendo que apenas na véspera fechou em alta de 4,6%.

BRADESCO PN caía 1,44% e ITAÚ UNIBANCO PN perdia 1,28%, corrigindo valorização relevante na véspera, dado o cenário fiscal ainda preocupante para a economia brasileira, além de receios permanentes de aumento na tributação no setor ou com efeito nos bancos.

PETROBRAS PN tinha variação positiva de apenas 0,04%, mesmo com a alta do petróleo no exterior. Na véspera, assembleia de acionistas da companhia aprovou o general da reserva Joaquim Silva e Luna como membro do conselho de administração, movimento que antecede sua eleição como novo presidente-executivo da petrolífera, conforme indicação de Jair Bolsonaro.

VALE ON recuava 0,23%, apesar da alta dos preços do minério de ferro na China. No radar, a acionista Previ vendeu ações da companhia em bolsa e reduziu sua participação direta para 9,99%, de 10,06% antes.

CYRELA ON cedia 0,35% após divulgar, na segunda-feira, queda de 60,4% nos lançamentos do primeiro trimestre ante o mesmo período do ano passado, embora as vendas tenham avançado cerca de 22%. No setor, DIRECIONAL ON, que não está no Ibovespa, avançava 2,51%, também tendo prévia operacional de pano de fundo.

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