Economia

Com reajustes seguidos, preços dos combustíveis disparam em MG

Com reajustes seguidos, preços dos combustíveis disparam em MG
Crédito: Alisson J. Silva/Arquivo DC

Os sucessivos reajustes nos preços dos combustíveis anunciados pela Petrobras desde o início do ano fizeram com que os valores disparassem no primeiro bimestre em Minas Gerais.

Conforme os dados da Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), entre janeiro e fevereiro de 2021, o preço médio da gasolina nos postos subiu 13,7% por litro. O reajuste no diesel chegou a 14,05% e no etanol hidratado a 16,2%.

Enquanto no início de janeiro o preço do diesel no Estado estava em R$ 3,73 por litro, no final de fevereiro já havia alcançado R$ 4,26. No mesmo período, em Belo Horizonte, o reajuste chegou a 14,43%, com o valor por litro saindo de R$ 3,74 para R$ 4,28 no final de fevereiro.

No caso da gasolina, o litro estava cotado a R$ 4,67 no início de janeiro e subiu para R$ 5,31 no final de fevereiro, gerando um aumento de 13,7% no valor médio cobrado nos postos do Estado.

Em Belo Horizonte, também foi verificada elevação nos preços. A média no final de fevereiro ficou em R$ 5,31 por litro, ante a média de R$ 4,62 registrada na primeira semana de janeiro, aumento de 14,77%.

Alta também nos valores do etanol hidratado. Ao longo dos dois primeiros meses de 2021, o valor do litro avançou 16,2% em Minas, saindo da média de R$ 3,21 na primeira semana de janeiro para R$ 3,73 no fechamento de fevereiro. Em Belo Horizonte, a alta acumulada foi de 20,7%. Com os reajustes anunciados, o litro subiu de R$ 3,20 para R$ 3,86 no fechamento de fevereiro.

Fevereiro

Boa parte dos reajustes dos combustíveis nos postos aconteceu ao longo de fevereiro. De acordo com a ANP, no caso do diesel, por exemplo, no segundo mês do ano, o reajuste no valor do diesel no Estado alcançou 11,95%. Em todas as semanas, houve aumento do preço, saindo de R$ 3,80 na primeira para R$ 3,84 na segunda semana, chegando a R$ 3,93 na terceira até o maior valor médio de R$ 4,26, na quarta semana de fevereiro.

Em Belo Horizonte, o preço médio do diesel encerrou o segundo mês do ano com alta de 11,5% com o valor médio saindo de R$ 3,93 por litro, na primeira semana do mês, para R$ 4,28 na semana de 21 a 27 de fevereiro.

No acumulado das quatro semanas de fevereiro, o preço da gasolina em Minas Gerais aumentou 8,43%, saindo de R$ 4,89 por litro na primeira semana do mês para R$ 5,31 por litro na última semana do mês. Na segunda e terceiras semanas o valor médio praticado foi de R$ 4,90 e R$ 5,04 por litro, respectivamente.

Já em Belo Horizonte, a alta foi ainda maior, chegando a 9,5% em fevereiro. Na primeira semana do mês, o litro da gasolina foi comercializado, em média, a R$ 4,85, sendo que na última semana, o preço já havia alcançado R$ 5,31. Ao longo de fevereiro, os preços foram reajustados semanalmente, já que na segunda semana o valor praticado foi de R$ 4,80 e na terceira de R$ 4,97.

Em Minas Gerais, assim como visto no diesel e gasolina, os preços do etanol hidratado também avançaram em fevereiro. De acordo com o levantamento da ANP, o biocombustível ficou 14,1% mais caro no período, com o litro saindo de R$ 3,27 na semana de 31 de janeiro a 6 de fevereiro, para a média mais alta do mês de R$ 3,73 na última semana.

O reajuste do etanol hidratado na capital mineira superou a média estadual e alcançou 20,21% no encerramento de fevereiro. O litro do combustível saiu de R$ 3,21 na primeira semana do mês para R$ 3,86 na última. Na segunda semana, o valor médio praticado foi de R$ 3,20 e na terceira de R$ 3,29 por litro de etanol hidratado.

Medida do governo pode ser definitiva

Brasília – O presidente Jair Bolsonaro afirmou ontem que a suspensão da cobrança do PIS/Cofins sobre o diesel por dois meses servirá para que o governo encontre formas de zerar em definitivo a cobrança de impostos federais sobre o combustível.

“O que acontece: quando você zera imposto, pela Lei de Responsabilidade Fiscal tem que arranjar recurso em outro lugar. Então fizemos um limite, esses dois meses é um prazo para a gente estudar, para a gente ver como, de forma definitiva, a gente vai zerar os impostos federais”, disse Bolsonaro a apoiadores na saída do Palácio da Alvorada.

O governo publicou ontem o decreto com a suspensão da cobrança do PIS/Cofins sobre o diesel e uma medida provisória que sobe de 20% para 25% a alíquota da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL) dos bancos para financiar a suspensão.

A compensação, que envolve ainda a alteração das regras de IPI para a compra de veículos por pessoas com deficiência e o encerramento do Regime Especial da Indústria Química (REIQ), se dará por meio de medida provisória e é justificada pela Secretaria-Geral da Presidência em função da Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF).

“Já o final do REIQ e o aumento da CSLL das instituições financeiras somente entrarão em vigor em 1º de julho de 2021”, informou o governo em comunicado.

As novas regras do IPI na aquisição de veículos por pessoas com deficiência também entraram em vigor imediatamente.

De acordo com dados do Ministério da Economia, eram cobrados R$ 0,33 centavos do PIS/Cofins a cada litro de diesel vendido. Cada centavo de imposto representa, segundo o ministro da Economia, Paulo Guedes, R$ 575 milhões em impostos arrecadados.

O governo também zerou a cobrança do PIS/Cofins do gás de cozinha. Segundo o governo, a diminuição da carga tributária com essas desonerações será de R$ 3,67 bilhões em 2021. Para 2022 e 2023, a redução será de R$ 922,06 milhões e R$ 945,11 milhões, respectivamente. (Reuters)

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