Economia

O que o brasileiro leva em conta na hora de abastecer? Pesquisa revela preferências

Pesquisa da Webmotors indica as preferências dos consumidores quando o assunto é combustível; preço e rendimento são fatores primordiais na hora da escolha
O que o brasileiro leva em conta na hora de abastecer? Pesquisa revela preferências
Crédito: Divulgação/Volvo Car Brasil

Os motoristas brasileiros consideram diferentes fatores na hora de abastecer seus veículos com um combustível. Mas preço e rendimento são os principais. É o que revela um estudo realizado pela plataforma de negócios para o setor automotivo Webmotors, por meio da plataforma Webmotors AutoInsights.

A pesquisa, que entrevistou 1.056 pessoas, teve como objetivo mapear os principais combustíveis utilizados no País e a opção predileta dos motoristas, tanto para carros e motos. A gasolina comum é a preferida de cerca de 41% dos condutores.

O levantamento revelou que, logo atrás da gasolina, aparece o etanol, citado por 21% dos respondentes. Já o diesel é o escolhido por 17% dos entrevistados e a gasolina aditivada, por 16%.

Segundo os motoristas consultados, os motivos para as principais escolhas são o maior rendimento do veículo (28%) e o preço dos combustíveis (22%).

O conteúdo continua após o "Você pode gostar".


Outras razões citadas para as escolhas são:

  • entrevistados possuem veículos que não permitem outro combustível – 18%
  • motoristas optam por usar um tipo específico de combustível, embora o carro comporte outras substâncias para o abastecimento – 17%
  • apenas um tipo de combustível não afeta negativamente seu veículo – 11%.

Para o gerente de comunicação e marketing da Webmotors, Rodrigo Ferreira, a possibilidade de a gasolina comum e o etanol continuarem liderando é alta, uma vez que “o tipo de motor mais desejado é o flex (65%), que possibilita o abastecimento tanto com gasolina quanto com etanol”.

Quanto aos métodos utilizados pelos brasileiros, 77% dos motoristas afirmaram realizar cálculos para compreender o nível de rentabilidade do combustível antes do abastecimento – que, em média, é feito uma vez por semana, segundo 45% dos correspondentes.

Além disso, apesar da alta no preço do combustível, cerca de 78% afirmaram manter a locomoção usando os veículos.

Os automóveis utilizados também impactam na hora de encher o tanque. E quais são eles? Segundo a pesquisa:

  • cerca de 63% das pessoas ouvidas possuem um veículo com motor flex,
  • 32% são donos de SUVs,
  • 27% utilizam hatches,
  • 26% usam sedan,
  • 34% afirmaram que pilotam motos nos modelos street,
  • 19% utilizam scooters
  • e 15%, custom.

Preços de combustível para abastecer em Minas Gerais

Segundo dados de pesquisa semanal realizada pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), coletados entre o dia 28 de abril e 4 de maio em 513 postos de Minas Gerais, o preço médio para revenda da gasolina comum foi de R$ 5,80, valor pouco acima da média para o Sudeste do País, de R$ 5,71.

O levantamento também indicou elevação na tarifa média para revenda da gasolina aditivada em comparação com a gasolina comum, uma vez que o preço atingiu a casa dos R$ 6,01, valor maior que a média figurada para a região Sudeste, com R$ 5,96, e menor que o preço analisado para o Brasil, com R$ 6,04.

combustíveis brasileiros
Crédito: Marcelo Camargo

Quanto ao preço médio para revenda do etanol hidratado, o valor foi registrado em R$ 3,94, após uma consulta em 496 postos no Estado. O resultado representa um acréscimo de 18 centavos em comparação com a média do Sudeste (R$ 3,76) e 10 centavos em frente ao valor do País (R$ 3,84).

De acordo com o Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo no Estado de Minas Gerais (Minaspetro), os preços de combustíveis como a gasolina e o diesel podem receber alterações pela Petrobras, caso os movimentos internacionais influenciem no preço do barril de petróleo.

Apesar dos riscos de mudanças nas tarifas, a entidade ressaltou que a estimativa para este ano é otimista, já que a menor oscilação tributária e o valor fixo da alíquota do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) da gasolina, ajudam a previsão dos preços e evita possíveis oscilações.

O Minaspetro ainda afirmou que, quanto menor o valor do preço na bomba, mais confiança os consumidores têm para “tirar o carro de casa, em detrimento de outros meios de transportes”.

Rádio Itatiaia

Ouça a rádio de Minas