Economia

Varejo mineiro está otimista com as vendas do Dia dos Namorados

Varejo mineiro está otimista com as vendas do Dia dos Namorados
Maior parte dos empresários consultados pela Fecomércio MG estima que o valor médio dos presentes neste ano deve ficar entre R$ 70 e R$ 200 - CREDITO:ALISSON J. SILVA/Arquivo DC

Os empresários do comércio varejista de Minas Gerais estão mais otimistas em relação às vendas para o Dia dos Namorados. De acordo com a pesquisa Expectativas do Comércio Varejista – Dia dos Namorados 2019, a maior parte dos empresários entrevistados, 48,7%, acredita em vendas maiores do que as registradas em igual data do ano anterior.

Segundo a pesquisa, que é feita pela a Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de Minas Gerais (Fecomércio MG), o melhor desempenho das negociações em datas comemorativas anteriores e o aumento do fluxo de consumidores nas lojas são fatores que podem impulsionar as vendas no período.

Por outro lado, a alta taxa de desemprego e a economia lenta podem interferir de forma negativa na intenção de compras dos consumidores. O levantamento mostrou que 28,2% dos empresários acreditam em retração nas vendas e 23,1% na manutenção dos resultados obtidos no Dia dos Namorados de 2018.

O economista da Fecomércio MG Guilherme Almeida explica que os empresários estão mais otimistas e investindo em formas de atrair os consumidores e estimular as vendas.

“Percebemos que os empresários estão mais confiantes, principalmente, por conta da leitura econômica e do cenário atual, que estão melhores que em 2018 na visão deles. Além disso, a experiência das datas comemorativas anteriores, como o Dia das Mães, que tiveram bom desempenho e aumento do fluxo de consumidores, também contribui para as expectativas positivas em relação à data. Para atrair os consumidores, empresários estão investindo mais em propagandas, divulgação das marcas, principalmente, pelas redes sociais. Eles querem atrair os jovens e pulverizar as marcas”, explicou.

O levantamento da Fecomércio MG mostra ainda que o Dia dos Namorados gera um impacto positivo para 51,3% das empresas do comércio varejista do Estado. Para 36,8% dos empresários, o otimismo, associado a uma percepção de melhora na economia irão contribuir para o aumento das vendas. Já o valor afetivo da data é tido por 16,8% dos empresários como motivos para um melhor desempenho. Dentre os setores que devem apresentar maior demanda estão as empresas de vestuário, calçados e perfumaria.

Estratégias – Para melhorar as vendas no período, 50,4% dos empresários estão investindo em propaganda e 33,3% pretendem oferecer promoções e liquidações para atrair o consumidor.

A maioria dos empresários (89,7%) acredita que os consumidores farão as compras próximo à data. O valor dos presentes deve girar entre R$ 70 e R$ 200, segundo 45,6% dos entrevistados.

Este ano, a pesquisa de expectativas do comércio varejista para o Dia dos Namorados reuniu 400 empresas distribuídas nas regiões do Alto Paranaíba, Central, Centro-Oeste, Jequitinhonha-Mucuri, Noroeste, Norte, Rio Doce, Sul de Minas, Triângulo e Zona da Mata. Antes o levantamento era feito apenas em Belo Horizonte.

Intenção de consumo tem queda

Em relação à intenção de compras do consumidor, em Belo Horizonte, as expectativas são negativas. De acordo com a pesquisa, Intenção de Consumo – Dia dos Namorados 2019, feita pela Fecomércio MG, a maioria (59,9%) não tem a quem dar presentes e outros 21,4% não têm o costume. Apenas 30,4% dos consumidores irão presentear neste Dia dos Namorados. Para 90,6% destes consumidores que pretendem presentear, o valor não ultrapassará R$ 200.

“Pelo lado do consumidor, nós tivemos redução na intenção de consumo para o Dia dos Namorados em seis pontos percentuais. Em 2018, o índice de consumidores que iriam presentear era de 36,4% e nesse ano reduziu para 30,4%. O primeiro fator – não econômico – é que a pessoa não ter a quem presentear. Outros motivos estão distribuídos em questões econômicas como desemprego e endividamento”, explicou economista da Fecomércio MG, Guilherme Almeida.

Dentre os itens, roupas (37,2%), calçados (14%) e artigos de perfumaria (10,7%) serão os produtos mais procurados para a data. Os valores dos presentes não ultrapassarão R$ 200 para 90,6% dos consumidores.

As promoções (59,5%) e os preços reduzidos (30,6%) continuam sendo estímulos para os consumidores. Já os preços altos (76%) e o atendimento precário (24,8%) são os principais fatores que irão desestimular as compras. Os consumidores não pretendem assumir dívidas com os presentes da data e, por isso, 77,5% optarão por pagamentos à vista, no dinheiro ou cartão de débito.

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