Comerciantes mineiros estão otimistas para as vendas no 2° semestre; entenda

Um levantamento realizado pelo Núcleo de Pesquisa e Inteligência da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de Minas Gerais (Fecomércio-MG) apurou que 65,1% dos varejistas mineiros está otimista para as vendas no segundo semestre de 2024.
Conforme o estudo, os comerciantes acreditam que este período será positivo para o varejo, seguindo a tendência de crescimento das vendas observada nos últimos semestres.
As expectativas são impulsionadas principalmente por datas comemorativas como:
- o Natal, que movimenta as lojas em dezembro (58,9%);
- o Dia das Crianças em outubro (25,1%);
- o Dia dos Pais (25,1%), que abre a temporada em agosto;
- e a Black Friday, realizada em novembro (17,3%).
Para a economista da Fecomércio-MG, Gabriela Martins, a alta da demanda dos consumidores por produtos e serviços para o período é um fenômeno esperado.
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“O segundo semestre do ano é marcado pela alta da demanda dos consumidores por alguns produtos e serviços. As datas comemorativas do semestre estão entre as principais justificativas para este aumento do consumo por parte das famílias, acrescido de uma maior disponibilidade de recursos frente ao pagamento do 13º salário”, explica a especialista.
Como foram as vendas no primeiro semestre?
Em relação ao desempenho na primeira metade do ano, 26,7% dos empresários avaliam que o volume de vendas no primeiro semestre de 2024 foi maior do que no mesmo período de 2023. Além disso, 25,3% dos comerciantes afirmam que as vendas do primeiro semestre deste ano superaram as do segundo semestre do ano passado.
A pesquisa da Fecomércio também revela que mais da metade dos empresários do comércio varejista alcançaram suas expectativas de vendas nos primeiros seis meses de 2024, indicando um desempenho semelhante ao do ano anterior. Uma das principais justificativas para o resultado positivo foi o Dia das Mães.
Gabriela Martins ressalta que o bom desempenho do varejo no primeiro semestre de 2024 também está relacionado ao aumento da renda disponível para os consumidores.
“Os resultados positivos observados no primeiro semestre, principalmente no setor do comércio, estão muito atrelados ao fator renda. Apesar do alto endividamento dos consumidores, o aumento da massa real de pagamentos e uma menor influência da inflação em bens de subsistência ainda garantem que as famílias possuam maior capacidade de compra, aquecendo as vendas”, avalia.
A pesquisa da Fecomércio-MG ouviu 423 comerciantes em todas as regiões de planejamento do Estado, abrangendo diversos setores do comércio varejista.
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