Economia

Otimistas, oito a cada dez comerciantes devem contratar em Belo Horizonte

Desempenho positivo da Black Friday e altas expectativas com o Natal levam empreendedores a aumentarem as intenções de contratações
Otimistas, oito a cada dez comerciantes devem contratar em Belo Horizonte
Datas comemorativas, como a Black Friday e o Natal estão entre os fatore que impulsionam o comércio em Belo Horizonte | Crédito: Diário do Comércio / Arquivo / Alessandro Carvalho

Com expectativa de movimentar R$ 6 bilhões na economia, o último trimestre do ano segue rendendo frutos e resgatando otimismo ao comércio de Belo Horizonte. Datas relevantes como Black Friday e Natal levam os empreendedores a aumentarem as intenções de contratações, que chegam a 80%, segundo a pesquisa Índice de Confiança do Empresário do Comércio (Icec), analisada pelo núcleo de Pesquisa e Inteligência da Fecomércio MG.

De acordo com o Índice de Investimento do Empresário do Comércio, 80,9% dos empreendedores com até 50 colaboradores pretendem realizar novas contratações. O número aumenta para 85% ao considerar as empresas com mais de 50 funcionários, sendo que 30% devem ampliar consideravelmente as admissões.

A intenção de investimentos do comércio de Belo Horizonte também está mais acentuada neste período, com 47% afirmando investirem mais do que no mês anterior. Com relação aos estoques, 65% afirmam estarem com níveis adequados, enquanto 20,1% estão com excesso de produtos e 15% alegam faltar itens.

Para a economista da Fecomércio MG, Fernanda Gonçalves, é possível atrelar a expectativa positiva as datas comemorativas de fim de ano, que tradicionalmente atraem consumidores para diferentes segmentos. “Além das datas, mercado de trabalho aquecido, aumento da massa salarial e menor taxa de desemprego contribuem para que 2024 encerre de forma otimista para o comércio em Belo Horizonte”, destaca.

O conteúdo continua após o "Você pode gostar".


Apesar dos bons resultados, o levantamento indica que para 71,6% dos donos de negócio, a atual condição econômica no Brasil está piorando. Desse total, 35,2% que afirmam que a piora foi singela, enquanto 36,4% afirmam que foi acentuada.

Inflação e taxa de juros preocupam comércio de Belo Horizonte

A percepção negativa, segundo Fernanda Gonçalves, é reflexo da alta na taxa de juros, que está em 12,25% ao ano – após alta de um ponto percentual definida nesta quarta-feira (11) pelo Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central, além da inflação, que já soma 4,87% no acumulado de 12 meses – índice acima dos 3% estipulados pelo governo.

“O atual momento dificulta o acesso ao crédito por parte da população, impactando diretamente no poder de compra do consumidor”, avalia.

Os indicativos de piora têm impactado significativamente as pequenas empresas na capital mineira. Apesar disso, a categoria é a que está mais otimista quanto ao futuro, com 68,1% afirmando esperar por uma evolução com relação ao atual cenário econômico.

Para 2025, a economista destaca que a expectativa é que a taxa Selic não ultrapasse 13% e que as eventuais medidas econômicas não afetem o poder de compra da população. “Apesar dos desafios, esperamos que a taxa não suba acima dos 13% para que aconteça maior equilíbrio e fomente o mercado para os setores de comércio e serviços”, pontua.

Rádio Itatiaia

Ouça a rádio de Minas