Comércio eletrônico aposta em vendas maiores na Black Friday

As empresas de comércio eletrônico, como Amazon e Mercado Livre, estão se preparando para uma das datas mais importantes do varejo: a Black Friday. A perspectiva é de superar o resultado de 2022, com crescimento no volume comercializado, que pode chegar a ter alta de até 25%. Para isso, foi necessário reforçar a equipe com a contratação de temporários.
É o caso da Amazon, que tem um centro de distribuição (CD) em Betim, na Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH). Em 2022, durante a semana da Black Friday foram despachados pela unidade 2 milhões de produtos, segundo o líder das operações no CD da empresa em Minas, Bruno Varela. A perspectiva para este ano é de alta de 25% no volume.
Para atender à demanda para a data, 1,8 mil pessoas trabalham no CD em Minas Gerais, sendo mil temporários. O número é superior ao da Black Friday de 2022, que contou com 1,2 mil trabalhadores.
“Começamos as contratações de temporários de quatro a seis semanas antes da data”, observa o gerente regional de Recursos Humanos (RH) da Amazon (exceto São Paulo), Marcelo Machado. A Black Friday é a data mais importante para a companhia, seguida pela Prime Day (evento de promoções da empresa).
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No último dia 13, a Amazon anunciou a contratação de 6 mil funcionários temporários no Brasil para reforçar sua logística para a temporada de vendas do período da Black Friday, conforme comunicado da companhia ao mercado.
Além dos livros, um dos produtos de destaque em vendas na semana voltada para a Black Friday, conforme Varela, está sendo o Playstation 5. E entre as preferências dos mineiros na hora de comprar pela Amazon estão as cervejas.
A unidade de Betim está em operação há três anos e já passou por duas expansões, dobrando de tamanho. Hoje, são 50 mil metros quadrados de área. “É o segundo maior centro de distribuição do País, tanto em volume quanto em área, sendo superado apenas pelo CD de São Paulo”, conta.
São 10 CDs no Brasil e 64 centros de entrega. O investimento inicial para viabilizar o CD de Betim, conforme noticiado pelo DIÁRIO DO COMÉRCIO, foi de R$ 120 milhões.
Para 2024, Bruno Varela diz que a perspectiva é de crescimento e não descarta futuras expansões. “As vendas continuam crescendo nesses três anos que a gente está aqui”, diz. Ele acrescenta que o que determina as expansões do CD é justamente o incremento nos negócios, que estão apresentando bons resultados.
Comércio eletrônico
Além da perspectiva de crescimento da Amazon para a Black Friday, a Associação Brasileira de Comércio Eletrônico (ABComm) prevê aumento de 17% na comparação com o ano anterior, chegando à marca de R$ 7,1 bilhões de faturamento no comércio eletrônico.
E Minas Gerais se destaca no mercado de comércio eletrônico. Por meio do e-commerce, as empresas do Estado venderam R$ 88,06 bilhões no período de 2016 a 2022, conforme levantamento do Observatório do Comércio Eletrônico – plataforma do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (Mdic). Foi o segundo maior resultado do Brasil, só perdendo para São Paulo, que contabilizou R$ 290,76 bilhões.
Mercado Livre
A diretora de Marketplace do Mercado Livre, Anna Araripe, conta que a última edição da Black Friday foi muito positiva. “No ano passado, enquanto o segmento do varejo, registrou queda de 18%, segundo a Neotrust, o Mercado Livre apresentou um crescimento de 19%”, observa.
Para este ano, a executiva diz que não pode abrir dados e acrescenta que, com o impulso dos resultados da Black Friday em 2022 e considerando os resultados da companhia nos últimos trimestres deste ano, a perspectiva é positiva para 2023.
Anna Araripe ressalta que o Mercado Livre reforçou a operação logística com a contratação de 7,2 mil colaboradores temporários para a Black Friday em vários estados, como Minas Gerais, São Paulo, Bahia e Santa Catarina.
“Contamos com uma ampla e robusta estrutura do nosso braço de logística própria, por onde passam mais de 94% das compras realizadas no marketplace”, ressalta.
A diretora de Marketplace do Mercado Livre afirma que Minas Gerais é muito importante para a empresa, tanto pelo potencial de consumo no Estado quanto por sua localização estratégica.
Em Minas, a empresa tem dois centros de distribuição fulfillment, sendo um em Extrema, no Sul do Estado, e outro, recentemente inaugurado, em Betim. “Além de possibilitar entregas no mesmo dia no Estado, esses centros também são importantes para o Mercado Livre atender a demanda de entrega em outras regiões do País”, frisa.
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