Economia

Com sexta alta consecutiva, comércio de Minas Gerais avança 1,3% em abril

Nos últimos 12 meses, atividade registrou 10 taxas positivas e duas negativas, evidenciando a tendência de crescimento do setor em 2024
Com sexta alta consecutiva, comércio de Minas Gerais avança 1,3% em abril
Crédito: Valter Campanato/ Agência Brasil

O volume de vendas do comércio varejista em Minas Gerais avançou 1,3%, alcançando a sexta alta consecutiva na passagem de março para abril. Enquanto isso, a média nacional foi de 0,9%, ficando abaixo do registrado no Estado. As informações são da Pesquisa Mensal do Comércio (PMC), divulgada nesta quinta-feira (13) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

De acordo com o levantamento, nos últimos 12 meses foram 10 taxas positivas e duas negativas, evidenciando tendência de crescimento do setor. Entretanto, no acumulado do ano (em relação ao ano anterior), Minas Gerais cresceu 4,7%, enquanto o incremento no País foi de 4,9%, no mesmo período.

O economista do IBGE, Daniel Dutra, mesmo sem poder fazer uma previsão, acredita que, de forma geral, a expectativa é que o comércio continue em um ambiente favorável. “Do ponto de vista histórico, são várias altas positivas em sequência, o que demonstra que o setor de comércio varejista apresenta tendência de, no mínimo, crescimento”, avaliou.

Em Minas Gerais, a atividade de Hiper, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo, que representa mais de 50% da pesquisa, obteve um recuo após vários meses de alta (no indicador mês sobre mesmo mês do ano anterior). “Mesmo com a ligeira queda, da ordem -0,1%, o setor alimentício vem sustentando o incremento nestes últimos meses. Por outro lado, a atividade de Móveis e Eletrodomésticos teve um avanço após dois meses no negativo. E como a inflação não está tão alta, as pessoas continuam consumindo”, explicou.

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Atividades avançam no comércio de Minas Gerais

No comércio varejista mineiro, cinco das oito atividades investigadas apresentaram avanço na comparação com o mesmo mês do ano anterior, com destaque para Equipamentos e Materiais de escritório (132,1%) e Móveis e Eletrodomésticos (8,3%).

De acordo com a economista da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo de Minas Gerais (Fecomércio-MG), Gabriela Martins, o comércio varejista vem se recuperando gradativamente desde o período pandêmico. “Com isso, hoje podemos ver influências positivas com a redução da inflação em abril em relação a março. Crédito para pessoa física adquirir veículos, elevação na massa de rendimento de 1,1% e o crescimento de pessoas ocupadas são fatores que geraram o impacto positivo para o comércio”, disse.

A atividade comercial de Combustíveis e Lubrificantes apresentou recuos sucessivos, embora em abril a redução tenha sido a menor dos últimos três meses, da ordem de 6,6%. No comércio varejista ampliado, Veículos, motocicletas, partes e peças foi o principal destaque positivo, com 37,5% de crescimento.

Mesmo com a tendência ainda incerta, Gabriela Martins mantém as expectativas positivas. “Apesar dos juros se mantendo altos, ainda temos boas expectativas para o segundo semestre, que costuma ser melhor que o primeiro. Pois, as pessoas tendem a gastar mais, uma vez que a renda é mais comprometida no primeiro semestre com as despesas do início do ano”, ponderou.

O economista-chefe do BDMG, Izak Carlos da Silva, por sua vez, destacou o desempenho do setor de equipamentos e materiais de tecnologia da informática e comunicação em Minas, que teve alta de 97,5% no primeiro quadrimestre de 2024. No País, a alta foi mais tímida, de 3,5%.

De acordo com ele, o aumento da compra de celulares, computadores e itens importados está atrelado à recente desvalorização cambial. “Esse resultado foi puxado pela redução da taxa básica de juros e pela desvalorização cambial, associado aos incentivos à inovação. Esperamos que este setor continue performando bem, assim como os hipermercados e supermercados que estão associados ao consumo das famílias”, afirmou.

Um ponto que vale ser destacado é que todas as Unidades da Federação (UFs) apresentaram indicadores positivos se comparados com o mesmo período do ano anterior (janeiro a abril), o que demonstra crescimento da atividade comercial em todo o Brasil.

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