Economia

Comércio de Minas está mais confiante para as vendas no Dia das Mães de 2025

Segundo pesquisa, 46,6% dos comerciantes estimam crescimento nas vendas para o Dia das Mães
Comércio de Minas está mais confiante para as vendas no Dia das Mães de 2025
Foto: Diário do Comércio / Dione AS

Com a aproximação do Dia das Mães, considerada a data mais importante do comércio depois do Natal, cresce o otimismo dos comerciantes para o aumento das vendas. De acordo com a pesquisa Expectativa de Vendas Dia das Mães 2025, 46,4% dos empresários do comércio de Minas Gerais esperam vender mais do que no ano passado. Segundo o levantamento realizado pelo Núcleo Pesquisa & Inteligência da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de Minas Gerais (Fecomércio MG), o gasto médio no Dia das Mães deverá ficar entre R$ 70 e R$ 200.

O estudo mostra também que a estimativa positiva deste ano é maior do que em 2024, quando 31,3% dos comerciantes apostavam em aumento das vendas. O crescimento na expectativa de um ano para o outro foi de 15,3%. 

A economista da Fecomércio MG Gabriela Martins destaca que as expectativas para o Dia das Mães de 2025 são promissoras, sendo que 78,8% dos empresários do comércio varejista de Minas Gerais esperam que as vendas do período sejam iguais ou melhores do que as do ano passado. 

“Esse é um resultado muito positivo, visto que em 2024 já observamos boas vendas. Para aqueles que esperam as vendas melhores, o otimismo e a esperança (46,3%), seguido do valor afetivo da data (38,3%) e o aquecimento do comércio são os motivos mais apontados”, conta. 

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A expectativa de crescimento nas vendas para o Dia das Mães em 2025 sinaliza uma retomada do otimismo entre os lojistas, após o desempenho abaixo do esperado em 2024. A situação contrasta com 2023, quando 61,3% dos comerciantes projetavam aumento nas vendas, impulsionados pela retomada do comércio no período pós-pandemia.

A pesquisa destaca que a maior parte dos empresários (70,7%) espera que as compras para o Dia das Mães sejam realizadas na própria semana da data. No entanto, boa parte dessas compras devem ser feitas de forma on-line, já que 71,4% das empresas afirmam vender pela internet, sendo o WhatsApp o canal mais utilizado (90,7%), seguido pelo Instagram (48,8%).

Pessimismo também cresce no Dia das Mães

Segundo o levantamento da Fecomércio MG, o Dia das Mães influencia nas vendas de 79,3% das empresas do comércio varejista de Minas Gerais. Por outro lado, 19,6% das empresas impactadas preveem uma queda nas vendas, mais que o dobro do que os 9,5% em 2024.

“Em contrapartida, os empresários que esperam vendas piores este ano justificam essa expectativa devido a crise econômica (31,7%), consumidor mais cauteloso (25,4%), a baixa nas vendas do 1º trimestre (20,6%) e o valor alto dos produtos”, explica a economista.

Entre os comerciantes que esperam queda nas vendas está Roberto Pedroso, dono da Dig Modas, em Belo Horizonte. Segundo ele, a expectativa é de que as vendas sejam de 5% a 10% menor do que no ano passado. “Eu me baseio em números e este ano está perdendo para o ano passado. Infelizmente eu não vejo perspectiva de melhora se compararmos o primeiro trimestre deste ano com o mesmo período do ano passado”, conta.

Para tentar reverter esse cenário, muitos estabelecimentos estão adotando estratégias como promoções e liquidações (26,1%) e o investimento em propaganda (23,3%) para atrair os clientes. A contratação de funcionários temporários também está nos planos de 6,9% das empresas, com o objetivo de melhorar o atendimento.

Produtos mais buscados no Dia das Mães 

Quanto aos produtos mais procurados, há variações conforme o segmento. No Dia das Mães se destacam as vendas de artigos como vestuário, calçados, adornos pessoais, decoração/lar, artigos do lar e perfumaria, a pesquisa levantou as projeções de vendas por segmento de comércio. 

Em tecidos e vestuário, as roupas devem ser as mais procuradas, com 59,6%, seguidas por calçados, com expectativa de participação das vendas do segmento de 19,1%.

Entre os produtos farmacêuticos, as estimativas dos lojistas são as vendas de perfumes e cosméticos, com 69,4% de participação, e cesta de presentes, com 19,4%. Já supermercados e afins apostam nas vendas puxadas pelas carnes, 23,2%, e utensílios domésticos, com 14,3%.

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