Economia

Comércio tem alta de 1,1% em novembro

Comércio tem alta de 1,1% em novembro
Mesmo com mais gente circulando, o “efeito sacola” não foi sentido como o esperado dia 18 | Crédito: Luciana Montes

O comércio varejista de Belo Horizonte fechou o mês de novembro de 2022 com crescimento de 1,1% nas vendas frente ao mesmo período do ano anterior. É o que aponta  um levantamento realizado pela Câmara de Dirigentes Lojistas de Belo Horizonte (CDL/BH). Para o presidente da entidade, Marcelo de Souza e Silva, esse resultado positivo do comércio é fruto da queda do desemprego na capital mineira.

Os segmentos que contribuíram para esse avanço foram Papelarias e Livrarias (6,37%); Informática (4,75%); Drogarias e Cosméticos (4,36%); Supermercados (3,65%); Eletrodomésticos e Móveis (3,17%) e Vestuário e Calçados (0,35%). Já Veículos e Peças (-1,3%), Material elétrico e de Construção (-1,04%) e Artigos diversos como brinquedos, óticas, caça, pesca, material esportivo, bicicletas e instrumentos musicais (-0,66%) apresentaram queda no comparativo.

Souza e Silva conta que este crescimento na comparação com novembro de 2021 já era esperado, pois esse ano foi marcado por restrições econômicas e um cenário desafiador; enquanto o mês de novembro do ano passado apresentou “menor inflação e mais pessoas no mercado de trabalho”.

Já no acumulado anual (Jan.22/Nov.22), o comércio de Belo Horizonte registrou um aumento de 1,07% nas vendas. “Essa taxa demonstra certa estabilidade do comércio na capital mineira, que segue com uma performance positiva”, declara o presidente. Os destaques positivos nesta comparação foram Papelaria e Livrarias (1,63%);  Drogarias e Cosméticos (3,92%); Supermercados (2,83%); Vestuário e Calçados (2,61%) e Veículos e Peças (0,27%) e Papelaria e Livrarias (0,19%). Enquanto os negativos foram os segmentos de Construção (-2,75%), Artigos Diversos (-1,56%) e Informática (-0,42%).

Para o presidente da CDL-BH, o setor vem apresentando um crescimento estável e isso gera perspectivas positivas para 2023. “Ao longo de 2022, o comércio de Belo Horizonte apresentou uma estabilidade. É muito importante destacar que não houve recuo nas vendas. Alguns meses tiveram desempenho melhor que outros em função de datas comemorativas, por exemplo”, relata.

Também é possível observar um crescimento na base de comparação dos últimos 12 meses (Out.21 – Nov.22) / (Out.20 – Nov.21). Nesse caso, a elevação é de 0,92% nas vendas liderado pelas áreas de Papelaria e Livrarias (7,34%); Vestuário e Calçados (3,62%); Veículos e Peças (2,07%); Supermercados (2,03%); Drogarias e Cosméticos (2,0%) e Artigos Diversos (0,72%). Os únicos que ficaram com uma redução na comparação foram os segmentos de Material Elétrico e de Construção (-2,82%) e Informática (-0,51%).

No entanto, na comparação com outubro do ano passado, o setor de comércio registrou um recuo de 0,92% nas vendas. Essa queda foi puxada pelas áreas de Papelarias e Livrarias (-5,42), Artigos Diversos (-3,57), Supermercados (-3,41%), Informática (-2,63%) e Vestuário e Calçados (-0,73%). Enquanto os Eletrodomésticos e Móveis (2,65%), Drogaria e Cosméticos (2,45%), Material Elétrico e de Construção (1,59%) e Veículos e Peças (0,67%) apresentaram uma elevação durante o período.

O volume de vendas no varejo sofreu com os efeitos da diminuição da renda em circulação, alta da taxa de juros, inflação e  média salarial mais baixa no mês de novembro. “Todos esses fatores afetaram os níveis de consumo da população que, no período avaliado, priorizaram os bens de primeira necessidade, como alimentos e remédios, e pagamento de dívidas”, conclui Souza e Silva.

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