Comércio varejista de Belo Horizonte registra alta nas vendas e supermercados se destacam

O comércio varejista de Belo Horizonte registrou uma variação positiva de 0,96% no acumulado dos quatro primeiros meses do ano. É o que aponta o levantamento “Termômetro de Vendas” da Câmara de Dirigentes Lojistas de Belo Horizonte (CDL/BH).
O setor de supermercados teve o melhor desempenho entre os segmentos analisados no primeiro quadrimestre, com alta de 5,98% no período. Em seguida, aparecem:
- drogarias e cosméticos (3,96%),
- artigos diversos (3,16%),
- papelarias e livrarias (3,12%),
- material elétrico e de construção (2,08%),
- vestuário e calçados (1,99%),
- informática (1,78%)
- e veículos e peças (1,5%).
O presidente da CDL/BH, Marcelo de Souza e Silva, destaca que o varejo da Capital absorveu uma média de desempenho positivo em todos os quatro primeiros meses de 2024.
“Essa taxa demonstra tendência de estabilidade do comércio na capital mineira e crescimento para os próximos meses. Isso pode ser atribuído ao cenário econômico com maior rendimento das famílias, inflação desacelerada e incentivos fiscais”, avalia.
O setor também apresentou crescimento de 0,81% em abril, na comparação com março deste ano. Nesse caso, sete das nove principais atividades apresentaram resultados positivos.
Setor de supermercados se destaca
Assim como no acumulado do ano, o segmento dos supermercados também foi o grande destaque na análise mensal, com alta de 4,99%; seguido pelas Drogarias e Cosméticos (4,33%) e Papelarias e Livros (3,85%).
O estudo também revelou um crescimento de 0,86% do setor de comércio varejista na capital mineira, na comparação com o mesmo período do ano anterior. A maior elevação foi registrada nos Supermercados, com alta de 5,86% no período. Outros destaques foram:
- drogarias e cosméticos (3,07%),
- papelarias e livrarias (2.66%)
- e artigos diversos (2,56%).
A economista da CDL/BH, Ana Paula Bastos, explica que o bom desempenho do setor, assim como dos supermercados, está relacionado a um conjunto de fatores macroeconômicos, como o aumento do emprego e da renda disponível para o consumo. A desaceleração tanto da inadimplência quanto da inflação também contribuiu para esse cenário.
“No setor de supermercados, nós tivemos uma desaceleração da inflação. Dessa forma, as pessoas passam a ter uma renda maior disponível para o consumo, principalmente para bens de primeira necessidade”, explica.
Já no caso do segmento de Drogarias e Cosméticos, a economista relata que esse grupo tem apresentado um crescimento sustentável desde a pandemia, motivado por dois fatores. O primeiro seria o aumento da preocupação das pessoas com a saúde e o segundo ponto seria um crescimento na busca por cuidados com a estética pessoal.
Ana Paula Bastos avalia que o comércio pode fechar o ano com crescimento, caso o ambiente econômico permaneça estável. “Pode até ter alguma base de comparação que apresente queda, mas, no acumulado do ano, apresentará crescimento”, completa.
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