Comitiva de Uberaba apresenta projeto de gasoduto ao MME

Em reunião no Ministério de Minas e Energia (MME), em Brasília, o secretário de Desenvolvimento Econômico, Turismo e Inovação de Uberaba, Rui Ramos, e um grupo de investidores interessados no gasoduto da cidade do Triângulo Mineiro apresentaram investimentos previstos para a construção do empreendimento. A comitiva foi recebida pelo secretário-executivo do ministério, Arthur Cerqueira Valério, e pelo secretário de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis, Pietro Mendes.

O projeto está no âmbito do programa Gás Para Empregar, do governo federal. Entre as empresas interessadas, de acordo com a Prefeitura de Uberaba, estão Yara Brasil Fertilizantes, uma fábrica de biodiesel, outra de metanol, combustível sustentável para aviação (SAF) e diesel verde (HVO), uma de eteno – estireno, uma empresa de gasoduto de transporte e, por fim, uma termelétrica de cogeração.

Rui Ramos destacou que no encontro foi aventada a possibilidade de trazer gás da Argentina, após recente visita do secretário ao país no último mês. Mas a viabilização do gasoduto de Uberaba com gás brasileiro não foi descartada. “A reunião foi muito boa e daremos prosseguimento às tratativas, com expectativa de que o projeto se concretize nos próximos três anos”, declarou.

Gasoduto deve impulsionar DI em Uberaba

O projeto-piloto prevê a implantação do Polo Gás Químico e de Biocarburantes na cidade, como um fortalecimento do Distrito Industrial III, e é esperado há anos pela população e empresários da região. A administração local tem realizado interlocuções no governo federal e exterior para que o empreendimento finalmente saia do papel.

O gasoduto de Uberaba voltou à pauta em nível nacional após o assunto ser levado ao vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin (PSB). No ano passado, o MME criou o programa Gás Para Empregar para elaborar estudos que visam aumentar a competitividade do setor de gás natural do País. Segundo projeções da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), a iniciativa pode atrair investimentos de até R$ 94,6 bilhões para o Brasil até 2032.