Companhia faz aporte na construção de grandes baterias

Na mesma medida em que cresce o número de tecnologias para produção de energia limpa aumenta a demanda por soluções para o aproveitamento inteligente delas. Isso porque fontes como o sol e o vento não são constantes e nem duram todo o dia. Dessa forma, se as usinas de geração de energia limpa puderem ser combinadas a um sistema de armazenamento, sua eficiência prática será ainda maior. De olho nessa possibilidade, a Cemig está investindo cerca de R$ 40 milhões em dois projetos de P&D que consistem na construção de grandes baterias. Elas armazenam a energia produzida nas usinas e podem ser carregadas e descarregadas de acordo com o consumo.
O engenheiro de Planejamento do Sistema Elétrico da Cemig, Alécio de Melo Oliveira, explica que o sistema de armazenamento se trata de um contêiner com baterias e inversores. Um primeiro projeto realizado em parceria com a Alsol Energias Renováveis vai conectar esse sistema a uma usina fotovoltaica da empresa e disponibilizá-lo a unidades consumidoras. A combinação possibilitará ao usuário armazenar a energia gerada pelas placas durante o dia e utilizá-la à noite.
“O sistema de armazenamento de energia pode consumir ou injetar energia de acordo com o comando do consumidor. Durante o dia, a bateria deve consumir a energia gerada pela usina solar e, no horário de pico, quando não há mais sol e a energia elétrica é mais cara, a bateria deve injetar energia no sistema. Dessa forma, o consumidor usa menos energia elétrica e economiza na conta de luz”, explica.
Além da Alsol, colaboram com esse projeto o Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Norte, a Universidade Federal de Campina Grande e a Universidade Federal da Paraíba. Segundo Oliveira, o contêiner que será implantado junto à usina da Alsol foi produzido na China. Outros dois estão previstos para ser incluídos no projeto, mas serão de menor porte e construídos no Brasil.
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DESTAQUE
O Brasil é um país com vasta oferta de fontes de energias renováveis para a geração elétrica, mas dentro das diferentes possibilidades de fontes limpas, a energia solar ganha destaque devido à abundância de luz solar no País.
Estudos mostram que a quantidade de sol disponível em qualquer uma das cidades brasileiras é suficiente para pessoas e empresas gerarem a energia que consomem através do conjunto de placas solares, chegando a economizar até 95% na conta de luz.
De acordo com o Estudo Estratégico – Mercado Fotovoltaico de Geração Distribuída – 1º Semestre 2018, desenvolvido pela Greener Engenharia e Sustentabilidade, Minas Gerais é o estado com maior potência conectada à rede, com 32.746 kWp. Além disso, é o estado com maior número de sistemas conectados à rede, com 4.161 conexões.
Minas Gerais também foi pioneiro na isenção do ICMS para o segmento e tem cidades que se destacam entre as que mais utilizam a energia solar no Brasil. Entre elas estão Uberlândia, no Triângulo Mineiro, que aparece em quarto lugar com 563 sistemas e Belo Horizonte, que é a sexta colocada com 520 sistemas.
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