Economia

Confiança da construção apresenta queda em maio, aponta FGV

Na média móvel trimestral, índice também cedeu 0,3 ponto
Confiança da construção apresenta queda em maio, aponta FGV
Foto: Mike Blake/ Reuters

O Índice de Confiança da Construção (ICST), elaborado pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (FGV/Ibre) recuou 0,3 ponto em maio, para 93,3 pontos, menor nível desde junho de 2021 (92,3 pontos). Na média móvel trimestral, o índice também cedeu 0,3 ponto.

“É importante destacar que uma maior parcela das empresas da construção mantém-se otimista com a demanda futura e sinaliza aumento das contratações de pessoal nos próximos meses. No entanto, o otimismo tem arrefecido e as dificuldades com o ambiente de negócios continuam evoluindo de forma negativa, mantendo a confiança no terreno do pessimismo moderado. Assim, a despeito das projeções de crescimento dos investimentos na infraestrutura e no mercado imobiliário, tem pesado mais o cenário adverso de alta dos juros, dos custos e, principalmente, das incertezas”, observou a coordenadora de Projetos da Construção do FGV/Ibre, Ana Maria Castelo.

Em maio, a confiança da construção foi influenciada pelo momento atual e pelas perspectivas. O Índice de Situação Atual caiu 0,4 ponto, para 92,2, menor nível desde fevereiro de 2022 (91,4 pontos). O Índice de Expectativas diminuiu 0,2 ponto, para 94,6 pontos, menor nível desde janeiro deste ano (94,2 pontos).
Entre os componentes do Índice de Situação Atual (ISA-CST) foi observada variações opostas. O indicador de situação atual dos negócios recuou 1,8 ponto, alcançando 91,2 pontos, enquanto o indicador de volume de carteira de contratos avançou 1,0 ponto, para 93,2 pontos.

No Índice de Expectativas (IE-CST) também ocorreu variações contrárias nos seus componentes: o indicador de demanda prevista nos próximos três meses retraiu de 1,1 ponto, para 95,9 pontos, por outro lado, o indicador de tendência dos negócios subiu 0,7 ponto, atingindo 93,3 pontos.
O Nível de Utilização da Capacidade Instalada (Nuci) da Construção aumentou 0,8 ponto percentual (p.p.), chegando aos 79,5%. O Nuci de Mão de Obra e o de Máquinas e Equipamentos avançaram 0,9 e 0,4 ponto percentual, para 81,0% e 73,6%, respectivamente. 

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Demanda prevista

“A diferença entre as assinalações de crescimento e redução da demanda nos próximos três meses voltou a cair. O saldo na média móvel trimestral alcançou o menor patamar desde julho de 2021. De todo modo, uma possível desaceleração da demanda não deve repercutir na atividade nos próximos meses, que ainda irá refletir o crescimento do investimento dos últimos anos. “As indicações de aumento da mão de obra continuam se elevando”, observou Ana Maria Castelo.

Custo avançou 0,26% em maio

São Paulo – O Índice Nacional de Custo da Construção (INCC-M) subiu 0,26% em maio, desacelerando o ritmo de alta em relação a abril, quando aumentou 0,59%, segundo a Fundação Getulio Vargas. Com o resultado, o índice acumula alta de 2,48% no ano e de 7,17% em 12 meses.

Os preços de Materiais, Equipamentos e Serviços caíram 0,07% em maio, após alta de 0,37% no mês anterior, enquanto o custo da Mão de Obra aumentou 0,72%, desacelerando em relação ao avanço observado em abril, de 0,91%.

As principais influências para cima no INCC-M vieram dos preços de contratação de engenheiro (0,95% em abril para 1,26% em maio), elevador (0,95% para 0,92%), pedreiro (1,07% para 0,42%), carpinteiro (fôrma, esquadria e telhado) (0,74% para 1,07%) e pintor (1,19% para 0,87%).

Na outra ponta, puxaram o índice para baixo tubos e conexões de PVC (0,76% para -5,51%), vergalhões e arames de aço ao carbono (-1,27% para -0,56%), eletrodutos de PVC (0,95% para -3,90%), bandeja de proteção – primária e secundária (0,40% para -0,27%) e tela de aço soldada para concreto (-0,88% para -0,66%).

Reportagem distribuída pela Estadão Conteúdo

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