Confiança da construção fica estável em julho

O Índice de Confiança da Construção (ICST) do FGV Ibre ficou relativamente estável ao variar 0,2 ponto em agosto, para 97,5 pontos, e chega a quatro mês seguido sem queda. Na média móvel trimestral, o índice avançou 0,4 ponto.
Segundo a coordenadora de Projetos da Construção do FGV Ibre, Ana Maria Castelo, as oscilações do indicador desde o início do ano, provavelmente são reflexo das pautas que predominam o cenário macroeconômico, como a possibilidade de elevação de juros. No entanto, os fundamentos setoriais continuam positivos e, apesar da queda na margem, a maioria das empresas sinaliza que a demanda prevista para os próximos meses aumentará e os negócios irão melhorar.
“A avaliação setorial sobre o ambiente corrente de negócios tem melhorado seguidamente desde o ano passado. O indicador de evolução recente alcançou novo recorde no ano, apontando que a atividade segue aquecida gerando escassez de trabalhadores qualificados, que em agosto voltou a aumentar. Essa é principal limitação ao crescimento do setor no cenário atual. Por outro lado, houve um revés nas expectativas – o IE devolveu parte da alta do mês anterior”, analisa.
O resultado do ICST no oitavo mês de 2024 foi influenciado exclusivamente pela melhora da percepção sobre o momento corrente, enquanto a avaliação sobre as expectativas nos próximos meses piorou. Conforme a FGV, o Índice de Situação Atual (ISA-CST) subiu 1,5 ponto, alcançando 97,0 pontos. Por outro lado, o Índice de Expectativas (IE-CST) recuou 1,3 ponto, para 98,0 pontos.
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Além disso, os dois indicadores que compõem o ISA-CST avançaram neste mês: o indicador de situação atual dos negócios avançou 1,5 ponto, para 96,7 pontos, e o indicador de volume de carteira de contratos subiu 1,6 ponto e atingiu 97,3 pontos.
Na ótica da composição do IE-CST, os dois indicadores retraíram, com maior peso para o indicador de demanda prevista nos próximos três meses que caiu 2,6 pontos, para 98,2 pontos, enquanto o indicador de tendência dos negócios nos próximos seis meses teve retração de 0,1 ponto e ficou em 97,7 pontos.
E o Nível de Utilização da Capacidade (Nuci) da construção aumentou 0,5 ponto percentual (p.p.), chegando aos 80%. Os níveis de utilização da mão de obra e de máquinas e equipamentos também aumentaram 0,6 e 0,5 p.p, para 81,4% e 74,6%, respectivamente.
Demanda X Percepção
Na comparação com agosto de 2023, o Indicador de Expectativas ainda sustenta melhora. A maioria dos empresários da construção tem expectativas otimistas em relação à demanda: enquanto 28,1% indicam que a demanda vai aumentar, apenas 8,8% esperam queda nos próximos três meses. No entanto, o otimismo das empresas caiu em alguns segmentos, principalmente no de Obras Viárias. Por outro lado, as empresas de Obras de Acabamento são as mais otimistas. (Com informações da FGV)
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