Confiança da indústria fica estável em MG

Em outubro, o Índice de Confiança do Empresário Industrial (Icei) ficou estável em Minas Gerais se comparado com setembro. No período, o índice atingiu 58,1 pontos e, apesar da estabilidade, ainda mostra otimismo dos industriais. A estabilidade é resultado da queda do otimismo em relação às condições atuais da economia, cujo índice retraiu 1,4 ponto, e da melhoria das expectativas para os próximos seis meses, que avançou 0,6 ponto frente a setembro. Os dados são da Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg).

O Icei nacional também mostrou estabilidade entre setembro (58 pontos) e outubro (57,8 pontos) e indicou que os empresários brasileiros continuam confiantes.

Já em relação a outubro de 2020, o indicador geral de confiança do industrial de Minas Gerais diminuiu 3,8 pontos uma vez que no mesmo mês do ano anterior o índice estava em 61,9 pontos. O índice foi o menor para o mês em três anos. Em outubro do ano passado, o mercado registrava uma forte recuperação da demanda e dos resultados, após meses de restrições, o que elevou a confiança dos empresários no período.

Em Minas, o índice mostrou que os industriais permaneceram confiantes, ao manter a pontuação acima dos 50 pontos pelo 15º mês seguido. A pontuação de outubro ficou 5,1 pontos acima da sua média histórica, que é de 53 pontos.

Em relação aos componentes do índice, o de condições atuais recuou pelo segundo mês consecutivo e marcou 52,4 pontos em outubro. O resultado – acima dos 50 pontos – mostrou que os industriais perceberam melhora na situação econômica atual do Estado e das suas empresas, porém, em menor intensidade. O indicador registrou queda de 1,4 ponto frente a setembro (53,8 pontos) e de 4,6 pontos ante outubro de 2020 (57 pontos), sendo o menor para o mês em três anos. 

De acordo com a analista da gerência de Economia e Finanças Empresariais da Fiemg, Daniela Muniz, vários fatores contribuíram para que a confiança dos empresários em relação às condições atuais retraísse em outubro frente a setembro. 

“São vários os desafios enfrentados e que afetam a confiança, entre eles estão os risco da crise energética, as dificuldades na compra de insumos e matérias-primas, a alta dos juros e da inflação. Além disso, o desemprego continua elevado. São preocupações e desafios importantes que afetam os industriais do Estado”.

Apesar dos desafios enfrentados, por outro lado, também existem fatores positivos que são suficientes para manter as expectativas positivas para os próximos seis meses e o Icei em níveis de otimismo. 

Em Minas, o componente de expectativas para os próximos seis meses cresceu 0,6 ponto entre setembro (60,3 pontos) e outubro (60,9 pontos), apontando perspectivas positivas dos empresários pela 16ª vez consecutiva.

Segundo a Fiemg, os industriais mostraram otimismo com relação às economias brasileira e mineira, e quanto aos seus negócios. Na comparação com outubro de 2020 (64,4 pontos), o índice caiu 3,5 pontos, sendo o mais baixo para o mês em três anos.

“Houve uma acomodação do Icei em patamar elevado e otimista. Isso porque estamos em um ambiente de normalização econômica, com o avanço da vacinação e maior controle da pandemia. Também há expectativas positivas em relação à Black Friday e as festas de final de ano, que movimentam o mercado e são importantes para a estabilização do Icei em patamares elevados”, explicou Daniela.