Economia

Confiança da indústria recua em junho, aponta a FGV

Confiança da indústria recua em junho, aponta a FGV
Crédito: Arquivo/ABr

O Índice de Confiança da Indústria (ICI), medido pela Fundação Getulio Vargas (FGV), caiu 1,5 ponto de maio para junho.

Com a queda, o indicador chegou a 95,7 pontos em uma escala de zero a 200, o menor nível desde outubro de 2018, empatado com o resultado de novembro de 2018.

Em junho, a confiança caiu em nove de 19 segmentos industriais pesquisados pela FGV. A confiança caiu em relação tanto ao presente quanto ao futuro. O Índice de Situação Atual, que mede a satisfação com o presente, diminuiu 1,9 ponto, indo para 96,6 pontos.

Já o Índice de Expectativas, que mede a confiança no futuro, caiu em 1,1 ponto, para 94,8, o menor desde agosto de 2017 (94,1 pontos).

Segundo o pesquisador da FGV Aloisio Campelo Jr., as perspectivas de aceleração da atividade “são ainda tímidas e insuficientes para alterar o ímpeto declinante de contratações pelo setor”.

O Nível de Utilização da Capacidade Instalada (Nuci) do setor foi de 75,3% em maio para 75% em junho.

Eletroeletrônica – O Índice de Confiança do Empresário Industrial (Icei) do Setor Eletroeletrônico atingiu 54,2 pontos em junho de 2019, de acordo com dados da Confederação Nacional da Indústria (CNI), agregados pela Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica (Abinee). O resultado representa uma alta de 0,8 ponto em relação ao mês de maio. O resultado interrompeu a trajetória de queda que vinha ocorrendo nos últimos quatro meses.

Na área elétrica, a alta foi mais significativa, atingindo 4,3 pontos, passando de 50,1 para 54,4 pontos. No caso da eletrônica, o Icei diminuiu 3 pontos, recuando de 57,0 para 54,0 pontos.

Nota-se que mesmo com o esfriamento nos ânimos dos empresários observado nos meses anteriores, esse indicador segue acima da linha dos 50 pontos pelo décimo primeiro mês consecutivo, mostrando que permanece a confiança, porém em patamar inferior ao observado em janeiro deste ano (65,1 pontos). O Icei varia de 0 a 100 pontos, sendo que valores acima de 50 pontos indicam confiança do empresário industrial e abaixo de 50 pontos mostram falta de confiança.

Para o presidente executivo da Abinee, Humberto Barbato, a “oscilação é reflexo de certa insegurança que vigora no cenário brasileiro, em função das reformas e de outras manifestações do governo, o que faz com que haja uma retração natural nos investimentos” Na opinião de Barbato, a abertura de mercado, e as discussões sobre as alterações na Lei de Informática geram um ambiente de incertezas que prejudica a tomada de decisões de investimento. (Com informações da Agência Brasil)

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