Economia

Consumidor de Belo Horizonte está mais confiante

Melhora na percepção sobre inflação e emprego influenciaram o desempenho do indicador em junho
Atualizado em 26 de junho de 2024 • 23:07
Consumidor de Belo Horizonte está mais confiante
Crédito: Alessandro Carvalho/Diário do Comércio

Depois da queda apurada em maio, a confiança do consumidor da capital mineira voltou a crescer. O Índice de Confiança do Consumidor de Belo Horizonte (ICC-BH), calculado pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas Administrativas e Contábeis de Minas Gerais (Ipead), teve alta de 4,21% em junho na comparação com o mês anterior (39,31 pontos). O índice marca 42,60 pontos em uma escala que varia de zero a 100.

Em maio, o índice recuou 3,45% em relação ao mês anterior. No acumulado do ano, o ICC-BH registra diminuição de 2,69%, e nos últimos 12 meses, elevação de 3,67%. Com o aumento neste mês, o índice praticamente recupera o valor de janeiro (42,66 pontos), a melhor pontuação do ano até o momento. Os dados foram divulgados pela fundação na quarta-feira (26).

Conforme o levantamento, a variação positiva do ICC-BH em junho é explicada pela melhora na percepção da população em quatro dos seis componentes do índice. As altas foram verificadas nos componentes inflação (22,08%), situação econômica do País (11,05%), emprego (2,51%) e situação financeira da família atual (1,54%).

Na situação oposta, a percepção da população apresentou queda nos itens pretensão de compra (-1,49%) e situação financeira da família em relação ao passado (-0,67%).

Inflação dos alimentos

O consultor econômico da Fundação Ipead, Diogo Santos, observa que o consumidor percebeu que a inflação está mais controlada e essa sensação é mais percebida no que se refere aos preços dos alimentos, com destaque para alimentação na residência, e os impactos no dia a dia.

Ele explica que o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) da cidade de Belo Horizonte, calculado pela Fundação Ipead, mostrou que o grupo alimentação, como um todo, apresentou alta de 0,37% no custo médio na segunda semana de junho. Apesar da elevação, o percentual é bem menor que o observado na quadrissemana anterior (1,13%) e em relação ao mesmo período de maio (0,95%). “O grupo teve expressiva desaceleração”, frisa.

Além disso, o subgrupo alimentação na residência apresentou queda (-0,61%), interrompendo a sequência de aumentos consecutivos. Na quadrissemana anterior, esse subgrupo havia apresentado alta de 0,76%. O recuo dos alimentos industrializados (-1,67%), foi o responsável pela queda da alimentação na residência.

“Uma das formas que o consumidor percebe a inflação é no supermercado, no sacolão e no açougue. Ele associa a melhora no índice ao aumento do seu poder de compra”, observa.

A percepção da população em relação aos componentes inflação (29,59 pontos), situação econômica do País (30,96 pontos) e emprego (37,27 pontos) permanece abaixo de 50 pontos, marco que simboliza a passagem entre pessimismo e otimismo a respeito da conjuntura econômica geral e familiar. “A pontuação desses componentes ainda está baixa, mas melhorou na comparação com o mês anterior”, diz.

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